Prefeitura de Salvador ampliou repasses a empresa investigada por fraudes em gestão de Bruno Reis
Operação Overclean da PF apura contratos suspeitos e ligações políticas em esquema que pode ter movimentado R$ 1,4 bilhão em recursos públicos
247 - A Operação Overclean da Polícia Federal (PF) revela um esquema de fraudes em licitações e lavagem de dinheiro envolvendo políticos e servidores da Prefeitura de Salvador. A investigação, que apura fraudes em contratos com empresas de limpeza, aponta que a Larclean, especializada no setor, recebeu R$ 48,8 milhões da prefeitura entre 2021 e 2024, mais do que o dobro do valor recebido nos três anos anteriores. Os irmãos Alex e Fábio Parente, donos da empresa, são apontados como líderes do esquema. As informações são do site Metrópoles.
Os contratos firmados com a Prefeitura de Salvador durante a gestão de Bruno Reis (União Brasil) são o foco das investigações. A PF identificou que editais eram elaborados para favorecer a Larclean e impedir a concorrência, utilizando servidores públicos como intermediários. A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou superfaturamento de serviços e falta de fiscalização, resultando em um prejuízo de mais de R$ 8,4 milhões.
Além dos irmãos Parente, outros envolvidos incluem Flávio Henrique de Lacerda Pimenta, ex-diretor da Secretaria de Educação de Salvador, que foi preso durante a operação. A PF encontrou R$ 700 mil em sua casa, e ele foi exonerado pela prefeitura. A investigação também mira Samuca Franco, empresário do ramo imobiliário, que, embora não tenha repasses diretos da Larclean, é suspeito de atuar como operador financeiro do esquema.
Conexões entre Franco e o prefeito Bruno Reis, que são sócios em uma empresa desde 2022, ampliam as suspeitas de favorecimento. Reis já havia declarado publicamente que Franco é um “irmão que a vida deu”, o que levanta questionamentos sobre possíveis conflitos de interesse. A investigação também identificou a atuação de outros políticos, como o ex-prefeito de Santa Cruz da Vitória, Carlos André Coelho, preso na segunda fase da operação.
A Operação Overclean, que inicialmente investigava desvios em contratos do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), expandiu seu foco para um esquema de corrupção envolvendo contratos com governos municipais, estaduais e federais, movimentando cerca de R$ 1,4 bilhão. A PF continua as apurações e investigações sobre as ramificações do grupo criminoso.
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