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Nordeste supera expectativa e apresenta R$ 12 bilhões em propostas à Nova Indústria Brasil

Chamada pública recebeu projetos de todos os estados nordestinos e já ultrapassa os R$ 10 bilhões em crédito disponíveis para inovação e reindustrialização

Cidade de Campina Grande (PB) (Foto: Divulgação/Prefeitura Campina Grande )

247 - A chamada pública da Nova Indústria Brasil (NIB) destinada ao Nordeste já ultrapassou a expectativa inicial e recebeu propostas que somam R$ 12 bilhões em investimentos. O dado foi divulgado nesta segunda-feira (1º) e mostra que a procura superou o valor de R$ 10 bilhões em crédito disponibilizado para financiar projetos voltados à inovação, reindustrialização e desenvolvimento sustentável. As inscrições permanecem abertas até 15 de setembro de 2025.

De acordo com informações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que coordena a iniciativa em parceria com outros bancos públicos federais, esta é a maior chamada já realizada para a indústria nordestina. Além do BNDES, participam da ação o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Banco do Nordeste e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com suporte técnico da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e do Consórcio Nordeste.

As propostas vieram dos nove estados da região e abrangem as cinco áreas estratégicas da chamada: transição energética com foco em armazenamento, bioeconomia voltada a fármacos, hidrogênio verde, Data Center Verde, setor automotivo e tecnologias para agricultura familiar. Até agora, os setores de energias renováveis, hidrogênio verde e data centers concentraram a maior parte da demanda de recursos.

Entre maio e agosto, representantes das instituições financeiras, da Sudene e do Consórcio Nordeste percorreram todos os estados para apresentar a iniciativa a empresários locais. O último encontro ocorreu nesta segunda-feira em Campina Grande (PB).

Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o resultado parcial confirma a força econômica da região: “Este primeiro balanço demonstra o potencial e a força produtiva da região, que é cada vez mais estratégica para a neoindustrialização do país. O interesse dos empreendedores e das instituições mostra que estamos no caminho certo, atuando sob a orientação do presidente Lula para garantir que o desenvolvimento econômico e social alcance todo o Brasil”.

O presidente do Consórcio Nordeste e governador do Piauí, Rafael Fonteles, reforçou a importância da iniciativa: “Este resultado desmistifica a velha narrativa de que o Nordeste carece de projetos de qualidade e reforça o que sempre defendemos: quando o poder público atua de forma coordenada e proativa, com ações diretas para impulsionar a economia regional, o resultado aparece”.

Na mesma linha, o vice-presidente do Banco do Brasil, José Ricardo Sasseron, destacou o engajamento empresarial: “A forte adesão à Chamada demonstra o engajamento do setor produtivo nordestino e o alinhamento estratégico com os objetivos de reindustrialização sustentável”.

Já Luiz Antônio Elias, presidente da Finep, ressaltou que a iniciativa pode movimentar até R$ 10 bilhões em novos investimentos voltados à inovação, enquanto o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, afirmou que os projetos apresentados comprovam a robustez do setor produtivo regional.

Para Tarso de Tassis, vice-presidente da Caixa, a chamada é estratégica para ampliar o acesso ao crédito e democratizar o financiamento de soluções inovadoras. Francisco Alexandre, superintendente da Sudene, acrescentou que a ação tem como meta gerar oportunidades, emprego e inclusão social no Nordeste.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEPB), Cassiano Pereira, destacou a adesão dos empresários: “Esse interesse só reforça aquilo que tenho afirmado: o Nordeste não é problema, o Nordeste é solução. Somos um povo resiliente, criativo, com capacidade para inovar e estamos prontos para contribuir ainda mais com o desenvolvimento econômico e social do nosso país”.

Próximos passos
Podem participar da chamada empresas e cooperativas, com projetos que envolvam desde a instalação de infraestrutura física e aquisição de máquinas até parcerias com universidades e centros de pesquisa. O processo inclui crédito, subvenção não reembolsável e participação societária. A análise das propostas será concluída em 28 de novembro. Em janeiro de 2026, terá início a fase de contratação e execução dos projetos selecionados.

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