Parlamentares prestam solidariedade a Paula Coradi: 'Trump mostra uma face autoritária'
O governo do presidente norte-americano cancelou o visto da presidente do Psol para os EUA
247 - Parlamentares foram às redes sociais prestar solidariedade à presidente nacional do Psol, Paula Coradi, após o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, cancelar o visto dela.
De acordo com a deputada federal Fernanda Melchionna (Psol-RS), a presidente do partido está sendo “alvo da perseguição da extrema direita”. “O cancelamento do visto mostra a face autoritária do governo Trump e do imperialismo estadunidense, aplaudido pelos seus puxa-sacos no Brasil. O PSOL seguirá na linha de frente em defesa das liberdades democráticas e contra o autoritarismo!”.
O deputado federal Guilherme Boulos afirmou que a sigla “não aceita intimidação”. “O Brasil não aceita intimidação. Os EUA terem cassado o visto da nossa presidenta Paula Coradi só mostra que estamos do lado certo, do lado dos interesses dos brasileiros frente aos ataques do Trump. Estamos juntos, @paulacoradi”.
Quem também se solidarizou foi o deputado federal Ivan Valente (Psol-SP). “Em troca de e-mails, o consulado norte-americano no Brasil informou o cancelamento sem dar os motivos. Repudiamos mais essa ação totalitária do governo Trump e consideramos um ataque ao PSOL”, destacou o parlamentar.
Sanções
A suspensão de vistos de pessoas tidas como opositoras do bolsonarismo faz parte de uma política de retaliação do governo Trump por conta do inquérito da trama golpista contra Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal. Outros sete réus foram condenados.
A gestão trumpista suspendeu vistos de ministros do STF para os EUA. O principal alvo foi o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo sobre a trama golpista.
Entre as ações adotadas, está o congelamento de eventuais bens financeiros em solo norte-americano. Instituições bancárias dos EUA ficam obrigadas a informar o Office of Foreign Assets Control (OFAC) caso detectem valores vinculados ao magistrado, que fica impossibilitado de movimentar recursos ou realizar transações no país.
Fontes próximas relataram que Moraes reagiu com indiferença às sanções, ressaltando que “não vai mudar nada”, já que não mantém contas, investimentos ou patrimônio sob jurisdição dos EUA.
O governo de Donald Trump também incluiu na lista de sanções a advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo.
- Economia
Em meio à escalada da guerra comercial contra o Brasil, os Estados Unidos anunciaram uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros exportados ao mercado norte-americano. A medida foi apresentada como reação direta ao inquérito da tentativa de golpe que levou à condenação de Bolsonaro.
Após a guerra de sanções lançada por Trump, que representa a extrema direita norte-americana, o governo Lula anunciou o plano Brasil Soberano.
Entre as principais medidas previstas nas propostas do governo Lula para proteger a economia brasileira estão linhas de crédito. Apenas do Fundo Garantidor de Exportações serão R$ 30 bilhões, para ajudar o setor produtivo e a classe trabalhadora.