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Lula: ‘não podemos apenas assistir ao genocídio’ contra a Faixa de Gaza

O presidente fez cobranças à ONU e defendeu a criação do Estado Palestino

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a 2ª Reunião “Em Defesa da Democracia, Combatendo Extremismos”. Sede das Nações Unidas, Nova York - EUA (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a se manifestar contra o genocídio cometido por Israel na Faixa de Gaza, onde, segundo o Ministério da Saúde local, mais de 65 mil palestinos morreram vítimas dos ataques israelenses desde outubro de 2023.

“Não podemos assistir ao genocídio”, disse Lula nesta quinta-feira (24) em Nova York (EUA), onde foi participar da Assembleia Geral da ONU - Organização das Nações Unidas.

“A mesma ONU que teve a força para criar o Estado de Israel precisa ter a força para criar o Estado Palestino. A única solução é dois Estados vivendo lado a lado sem problema”, acrescentou Lula, que também criticou a “irresponsabilidade do Hamas”, grupo que ocupa a Faixa de Gaza.

Em seu pronunciamento nos EUA, o presidente Lula também defendeu uma reforma no Conselho de Segurança da ONU.

Contexto

Criticadas por Lula, as ações de Israel foram alvo, em dezembro de 2023, de uma queixa apresentada pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ). Pretória solicitou a adoção de medidas provisórias contra autoridades israelenses diante de ações classificadas como genocidas.

O governo sul-africano alegou que os ataques e omissões de Israel na Faixa de Gaza violam obrigações previstas na Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio. Israel afirma estar se defendendo de ataques terroristas e contesta a ação. O governo brasileiro declarou apoio ao processo movido pela África do Sul.

Em janeiro de 2024, a CIJ determinou que Israel adotasse todas as medidas necessárias para prevenir o genocídio na Faixa de Gaza, punisse indivíduos que defendessem o genocídio contra os palestinos e garantisse o fluxo de ajuda humanitária à população de Gaza. A Corte, entretanto, não obrigou Israel a interromper a ofensiva, como havia solicitado a África do Sul no processo.

países, incluindo o Brasil, manifestaram apoio ao caso contra Israel.Em novembro de 2024, a CIJ expediu mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant e lideranças do Hamas, sob a acusação de crimes de guerra. Tanto Israel quanto o Hamas negam ter cometido tais crimes.

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