Bolsonaro descarta filhos para presidência e fala sobre o plano golpista: “esqueça, perdemos”
O ex-mandatário discutiu o estado de sítio, mas recuou após Alexandre de Moraes rejeitar o pedido do PL para invalidar votos nas eleições de 2022
247 - Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (16) que apoiaria algum dos filhos para concorrer ao Congresso Nacional, mas não à presidência. Ele também comentou sobre o plano golpista de 2022. Após ter discutido o estado de sítio, voltou atrás depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes rejeitou o pedido do PL para invalidar votos depositados nas eleições de 2022. O ex-mandatário disse que seus aliados entenderam que o Congresso também teria que aprovar o estado de sítio. "'Esqueça', ele disse. 'Nós perdemos'", relata o jornal The New York Times.
Na entrevista ao jornal norte-americano, Bolsonaro sugeriu ser pouco provável que um de seus filhos concorra à Presidência da República. "Para você ser presidente aqui e fazer o correto, você tem que ter uma certa experiência", disse o político da extrema-direita.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chegaram a ser especulados para disputar o Planalto em 2026. Atualmente, Jair Bolsonaro está inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral em 2023, devido a declarações golpistas feitas em 2022, quando o então mandatário afirmou a embaixadores, em Brasília (DF), que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.

Na entrevista ao NYT, Bolsonaro negou ter conhecimento sobre o plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
"Quem quer que seja que tenha elaborado este possível plano deve responder. Por minha parte, não houve nenhuma tentativa de executar as três autoridades", disse o ex-mandatário.
Além do inquérito sobre o plano golpista, a Polícia Federal indiciou Bolsonaro em outras duas investigações: fraudes em cartões de vacinação e venda ilegal de joias, que, por lei, devem pertencer ao Estado brasileiro, não podendo ser incorporadas ao patrimônio pessoal. A Procuradoria-Geral da República analisa os casos.

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