Vinci compra 50,1% da Verde Asset Management e planeja assumir controle total em até cinco anos
Aquisição avaliada em R$ 350 milhões marca nova etapa de expansão global da Vinci Compass, que incorpora a gestora fundada por Luis Stuhlberger
247 – A Vinci Compass (NASDAQ: VINP) anunciou nesta segunda-feira (6) a compra de 50,1% da Verde Asset Management, gestora fundada por Luis Stuhlberger, um dos mais renomados gestores de fundos do Brasil. A informação foi publicada originalmente pelo portal Brazil Stock Guide. A transação, que depende de aprovações regulatórias, deve ser concluída no quarto trimestre de 2025 e inclui uma opção de compra para que a Vinci assuma 100% do controle da Verde em até cinco anos.
De acordo com o comunicado, a Vinci pagará R$ 221 milhões pela participação inicial, sendo R$ 175 milhões em ações classe A e R$ 46,8 milhões em dinheiro. O valor total do negócio, estimado em R$ 350 milhões, não inclui possíveis bonificações por desempenho (earnouts). A aquisição será feita em duas etapas: a primeira corresponde ao controle majoritário, e a segunda, prevista para daqui a cinco anos, prevê a compra dos 49,9% restantes, também em uma combinação de ações e dinheiro, conforme decisão da compradora.
A Verde, que chegou a administrar mais de R$ 50 bilhões há cinco anos, atualmente gera cerca de R$ 16 bilhões em ativos sob gestão — o equivalente a US$ 3 bilhões. Já a Vinci, que tem ampliado sua presença global por meio de aquisições, administra mais de R$ 300 bilhões em ativos.
“O objetivo é unir o legado e a expertise da Verde à escala e à governança da Vinci, criando um novo padrão de excelência na gestão de investimentos alternativos e multiestratégia”, afirmou Alessandro Horta, CEO da Vinci Compass.
Segundo o acordo, os comitês de governança e de investimentos da Verde continuarão independentes, e tanto Stuhlberger quanto sua equipe de gestão sênior se tornarão sócios da Vinci, com um período de bloqueio (lock-up) para venda de participação. A parceria, segundo as empresas, abrirá novas frentes de atuação junto a investidores institucionais, de alta renda e intermediários, além de permitir o desenvolvimento de estratégias integradas entre investimentos globais e macro alternativos.
A operação reforça o movimento de consolidação do mercado de gestão de recursos no Brasil, em um momento em que grandes casas buscam ampliar a oferta de produtos e a base de investidores, acompanhando o crescimento do setor de ativos alternativos e da integração com plataformas internacionais.