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Protestos contra privilégios políticos na Indonésia resultam em violência, prisões e mortes

Os protestos se intensificaram por todo o país

Protesto em Bandung, na Indonésia - 1/9/2025 (Foto: REUTERS/Dimas Wibisono)

247 - Nas últimas semanas, a Indonésia tem sido abalada por grandes manifestações, marcadas por crescente violência e forte repressão policial. Os protestos, liderados por estudantes, trabalhadores e grupos de defesa dos direitos, foram impulsionados pela disparidade cada vez maior entre as elites políticas e uma classe média em declínio.

As mobilizações começaram em 25 de agosto, em Jacarta, após o anúncio de novos benefícios para parlamentares. Desde então, os confrontos entre manifestantes e forças de segurança se intensificaram, resultando na morte de dez pessoas, mais de mil feridos e episódios de saques e tumultos. Segundo a Human Rights Watch, mais de 3.000 pessoas já foram detidas em uma ofensiva nacional contra os protestos.

Os protestos se intensificaram por todo o país, incluindo tumultos e ataques incendiários.

“As autoridades indonésias não devem responder a protestos contra políticas do governo com uso excessivo da força e prisões arbitrárias de manifestantes”, disse Meenakshi Ganguly, diretora-adjunta para a Ásia da Human Rights Watch. 

“O presidente Prabowo deve reconhecer que denunciar as motivações dos manifestantes apenas incentivará as forças de segurança a cometer abusos", acrescentou. 

Durante uma das repressões, o motorista de entregas Affan Kurniawan foi morto, gerando indignação popular. Na última quarta-feira, uma comissão policial anunciou a demissão de um agente, considerado culpado por violar o código de ética ao atuar de forma “não profissional” na operação. (Com agências).

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