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Presidente do Conselho Europeu reforça compromisso climático da UE em reunião liderada por Lula

António Costa destaca urgência de ações multilaterais após ano mais quente da história e elogia iniciativa brasileira rumo à COP30

Presidente Lula e primeiro-ministro de Portugal, António Costa (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
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247 - Em uma reunião realizada nesta quarta-feira (23) pelo X, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, reiterou o compromisso da União Europeia com as metas climáticas estabelecidas no Acordo de Paris. 

A declaração ocorreu durante um encontro convocado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, com o objetivo de mobilizar as 35 maiores economias globais para apresentar novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) até setembro, em preparação para a COP30, que será sediada em Belém, no Pará, em novembro deste ano.​

Costa enfatizou a necessidade de ouvir os alertas do planeta, destacando que 2024 foi o ano mais quente já registrado. Ele agradeceu a Lula e Guterres por promoverem essa discussão crucial antes da conferência climática no Brasil. "Reiterei o total compromisso da UE em alcançar nossos objetivos climáticos sob o Acordo de Paris", afirmou. 

"A ação climática multilateral é mais urgente do que nunca e continua sendo uma prioridade, apesar das múltiplas crises." Para Costa, uma transição justa pode desbloquear enormes oportunidades de emprego, uma economia próspera e competitiva e um futuro próspero para todos.​

A iniciativa brasileira de convocar a reunião reflete a liderança de Lula na agenda climática global. O presidente tem pressionado por metas mais ambiciosas de redução de emissões, especialmente de grandes emissores como China e União Europeia, visando alinhar os compromissos nacionais ao limite de 1,5°C de aquecimento global estabelecido pelo Acordo de Paris. 

Durante o encontro, Lula destacou a importância de que as novas metas de redução de emissões de gases do efeito estufa, a serem apresentadas pelos países ainda este ano, estejam alinhadas ao objetivo de manter o aumento da temperatura global em até 1,5ºC .​              

A COP30, que marcará o décimo aniversário do Acordo de Paris, é vista como uma oportunidade crítica para transformar promessas em ações concretas. O presidente da conferência, o embaixador André Corrêa do Lago, ressaltou que é necessário acelerar a implementação do acordo, destacando que "agora, não apenas ouvimos sobre riscos climáticos, mas também vivemos a urgência climática" .​

Com a ausência dos Estados Unidos do Acordo de Paris, após a retirada anunciada pelo presidente Donald Trump, a responsabilidade recai ainda mais sobre outras potências, como a União Europeia, para liderar os esforços globais de mitigação das mudanças climáticas. 

A declaração de António Costa reforça o papel da UE como ator central nesse cenário, especialmente diante da aproximação da COP30, que promete ser um marco decisivo na luta contra a crise climática.​

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