Pequim promete proteger estudantes chineses após ações dos EUA contra Harvard
“A China sempre se opôs à politização da cooperação educacional", afirmou a porta-voz Mao Ning
247 - As ações dos Estados Unidos contra estudantes estrangeiros prejudicam sua reputação global, e a China protegerá firmemente os direitos de seus estudantes no exterior, afirmou nesta sexta-feira (23) a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning.
Na quinta-feira, a secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, anunciou que o Departamento de Segurança Interna (DHS) estava, na prática, proibindo a Universidade de Harvard de aceitar estudantes estrangeiros no ano letivo de 2025-2026 e determinando que todos os alunos internacionais atualmente matriculados na instituição fossem transferidos para outras universidades. Noem também declarou que outras instituições podem ser impedidas de receber estudantes estrangeiros após Harvard.
“A China sempre se opôs à politização da cooperação educacional. Essas medidas dos EUA apenas prejudicarão sua imagem e reputação internacional. A China protegerá vigorosamente os direitos e interesses legítimos de seus estudantes e acadêmicos no exterior”, afirmou Mao durante uma coletiva de imprensa.
A porta-voz destacou ainda que a cooperação educacional entre China e Estados Unidos é "mutuamente benéfica".
Em março, a Casa Branca passou a exigir que universidades americanas protegessem estudantes judeus, ameaçando cortar recursos em resposta aos protestos anti-Israel em campus universitários, motivados pela escalada do conflito entre Israel e o Hamas. Em abril, o Departamento de Educação congelou US$ 2,2 bilhões em financiamentos e US$ 60 milhões em contratos com a Universidade de Harvard, após a instituição se recusar a cumprir as exigências do governo Trump quanto a contratações e reformas educacionais. Segundo um documento divulgado pela Administração de Serviços Gerais dos EUA na semana passada, Harvard posteriormente perdeu cerca de US$ 450 milhões em subsídios.
A campanha de pressão do governo Trump sobre universidades de elite se concentra nos fundos patrimoniais das instituições. Nesse contexto, autoridades da Casa Branca investigam investimentos na China e projetos ligados à energia limpa, bem como à promoção de princípios ambientais, sociais e de governança (ESG). (Com informações da Sputnik).
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