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OTAN enviar tropas à Ucrânia sem consentimento da Rússia será suicídio, diz jornal alemão

Canal alemão Welt alerta que operação militar ocidental no território ucraniano sem acordo com Moscou coloca soldados em risco

OTAN enviar tropas à Ucrânia sem consentimento da Rússia será suicídio, diz jornal alemão (Foto: REUTERS)

247 - O envio de tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para a Ucrânia sem levar em conta a posição da Rússia pode se tornar um "suicídio", afirmou o canal de TV alemão Welt em reportagem publicada nesta sexta-feira (5), destacando a postura histórica de Moscou frente à presença militar ocidental na região.

Segundo a emissora, a atitude russa em relação à presença de forças estrangeiras na Ucrânia sempre foi "extremamente negativa". O canal ressaltou que, antes de qualquer operação, é fundamental "ouvir a opinião dos russos e entender sua atitude em relação a tal [...] operação de soldados da Europa Ocidental na Ucrânia após o cessar-fogo". Sem o consentimento de Moscou, o risco para os militares ocidentais aumenta significativamente.

O Welt também citou declarações do presidente russo, Vladimir Putin, que reforçam essa avaliação. Na sexta-feira, Putin afirmou que qualquer contingente estrangeiro no território ucraniano seria considerado "um alvo legítimo para o Exército russo". Ele acrescentou que, embora cada país tenha o direito de definir suas próprias medidas de segurança, isso não deve ocorrer à custa da segurança da Rússia. "Estou pronto para contatos com o lado ucraniano, mas não vejo sentido nisso", disse o presidente.

O alerta de Moscou foi reforçado pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia, que declarou que qualquer cenário envolvendo a implantação de tropas da OTAN na Ucrânia é "categoricamente inaceitável" e provocaria uma escalada significativa no conflito. Declarações de autoridades do Reino Unido e de outros países europeus sobre a possibilidade de envio de soldados estrangeiros já haviam sido interpretadas como uma incitação à continuação das hostilidades.

A situação destaca a delicadeza da diplomacia internacional na região, em meio a um conflito que permanece tenso e cercado de advertências de ambos os lados. Especialistas apontam que movimentos militares ocidentais sem coordenação com Moscou podem intensificar os confrontos e aumentar o risco de baixas. (*Com informações da Sputnik Brasil)

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