Níger liberta ex-autoridades presas e dá início à transição política

247 - Um total de 49 pessoas, entre elas ex-autoridades, foram libertadas em cumprimento às orientações do presidente nigerino, Abdourahamane Tiani, e às recomendações de uma conferência nacional, conforme comunicado do governo lido na televisão estatal do país africano, RTN.

Enquanto isso, o ex-presidente Mohamed Bazoum, deposto no golpe militar de 2023, continua detido.

Entre os libertados desta semana estão:

- Foumakoye Gado, presidente do PNDS, antigo partido governista;

- Sani Issoufou Mahamadou, filho do ex-presidente Mahamadou Issoufou e ex-ministro do Petróleo;

- Kalla Moutari, ex-ministro da Defesa;

- Jidoud Ahmad, ex-ministro das Finanças;

- Assoumane Toudou, jornalista nigerino;

- Alat Mogaskia, ex-embaixador do Níger na Nigéria;

- Oficiais militares condenados por conspirar um golpe contra o então presidente Mahamadou Issoufou em 2015, sentenciados em 2018 a até 15 anos de prisão.

A abertura ocorre após a adoção da 'Carta de Refundação do Níger', sancionada no final de março. O documento permite o início de um período de transição e a criação de órgãos reguladores voltados para a governança democrática e econômica eficaz.

A carta estabeleceu um período de transição de 60 meses, mantendo Tiani no poder. Sua adoção ocorreu após uma conferência nacional sobre a transição política realizada na capital, Niamey, em fevereiro.

O processo enfrenta desafios signifcativos, entre eles a manutenção da segurança no país, em meio à ameaça constante de grupos terroristas. Recentemente, o Níger foi abalado por novos ataques contra civis e instalações de energia, incluindo o importante oleoduto Agadem-Benin, enquanto a junta militar concentra seus esforços na segurança nacional durante o plano de transição de cinco anos.