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Netanyahu sugere assassinato de líder supremo do Irã e afirma que medida "acabaria com o conflito"

Premiê de Israel disse que campanha militar contra o Irã vai se intensificar; ataque a TV estatal iraniana matou dezenas de civis

Benjamin Netanyahu (Foto: Ohad Zwigenberg/Pool via Reuters)
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247 - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira (16), em entrevista à rede norte-americana ABC News, que a morte do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, poderia encerrar o conflito entre os dois países. Segundo ele, um ataque dessa natureza "não escalaria o conflito, vai acabar com o conflito". 

A declaração, segundo o g1, veio em resposta a uma pergunta sobre um suposto plano de Tel Aviv para eliminar Khamenei — ideia que, segundo a emissora, teria sido vetada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ainda em seu mandato anterior, por receio de uma guerra aberta entre Israel e Irã.

"O que o Irã quer é uma 'guerra eterna', e eles estão nos empurrando para uma guerra nuclear", disse Netanyahu. "O que Israel está fazendo é justamente o oposto: estamos tentando impedir isso, colocar um fim nessa agressão. A única forma de fazer isso é enfrentando as forças do mal", declarou.

Ainda na entrevista, o premiê israelense afirmou que o país seguirá com a ofensiva contra o Irã, prometendo eliminar "um a um" os comandantes iranianos. Segundo ele, a operação em curso "está mudando a cara do Oriente Médio".

Na manhã desta segunda-feira (16), Israel bombardeou as instalações da TV estatal do Irã em Teerã, atingindo o prédio durante a transmissão ao vivo de um telejornal. O governo iraniano classificou o ataque como crime de guerra.

O premiê israelense afirmou que um aviso prévio foi enviado à população da capital iraniana, orientando que deixasse a cidade. Também foi divulgado, pelas Forças Armadas de Israel, um alerta específico de evacuação para o distrito 3 de Teerã, região que concentra embaixadas e ministérios. Ainda não se sabe se a notificação estava relacionada ao ataque à emissora ou a outro alvo militar na cidade.

O confronto direto entre Israel e Irã chegou ao quarto dia nesta segunda-feira (16) e segue se agravando. Desde sexta-feira (13), quando foi lançada a chamada "Operação Leão Ascendente" por parte de Israel, a tensão na região aumentou de forma dramática.

A ofensiva israelense começou com um ataque surpresa que matou membros da alta cúpula militar iraniana e danificou estruturas nucleares do país. Em resposta, o Irã disparou mísseis contra áreas residenciais e refinarias israelenses.

Segundo os números mais recentes divulgados pelas autoridades locais, o saldo da guerra já é de pelo menos 224 mortos no Irã e 22 em Israel. No sábado (14), um único bombardeio em Teerã matou 60 pessoas, sendo metade delas crianças. Já nesta segunda-feira (16), oito israelenses morreram em novos ataques do Irã, de acordo com o serviço de emergência do país.

O governo israelense sinalizou que a ofensiva militar não apenas continuará, como deve se intensificar nos próximos dias. Fontes militares mencionaram que há "uma longa lista de alvos" a serem atingidos no território iraniano.

Apesar disso, informações indicam que estão em andamento tentativas de abrir uma negociação para a construção de um acordo de cessar-fogo, diante do risco de o conflito se expandir por toda a região do Oriente Médio e gerar uma catástrofe ainda maior.

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