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"Não há mais absolutamente nenhum limite de alcance para as armas entregues à Ucrânia", afirma chanceler alemão

Decisão do chanceler alemão Friedrich Merz amplia alcance de mísseis fornecidos a Kiev e acirra tensões com Moscou

Novo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, durante conferência do partido CDU em Berlim - 28/04/2025 (Foto: REUTERS/Lisi Niesner)
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247 - O chanceler alemão Friedrich Merz anunciou nesta segunda-feira (26) que a Ucrânia está autorizada a utilizar armas fornecidas por seus aliados ocidentais para realizar ataques em território russo, incluindo alvos militares localizados em áreas distantes da fronteira. A informação foi divulgada pelo Financial Times.

"Não há mais absolutamente nenhum limite de alcance para as armas entregues à Ucrânia, seja da Grã-Bretanha, da França, dos EUA ou da Alemanha", afirmou Merz durante uma conferência em Berlim. "Isso significa que a Ucrânia pode se defender atacando posições militares também na Rússia."

A mudança de postura alemã ocorre após a Rússia lançar seu maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início da invasão em 2022, utilizando 355 drones em uma única noite, resultando na morte de pelo menos 14 pessoas, incluindo crianças . Em resposta, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky intensificou os apelos por sanções mais severas contra Moscou.

O Kremlin reagiu com veemência à decisão ocidental. O porta-voz Dmitry Peskov classificou a medida como "perigosa" e afirmou que ela "vai absolutamente contra nossas aspirações de alcançar um acordo político" .

Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou frustração com a escalada do conflito. "Putin enlouqueceu completamente!", declarou Trump, criticando os ataques russos e sugerindo a imposição de novas sanções.

A autorização para o uso de armamentos de longo alcance, como os mísseis ATACMS dos EUA, Storm Shadow do Reino Unido e Taurus da Alemanha, representa uma escalada significativa no apoio ocidental à Ucrânia. Analistas alertam que essa decisão pode intensificar ainda mais o conflito e dificultar as perspectivas de uma solução diplomática.

A medida também evidencia as divisões dentro da Europa sobre a melhor forma de lidar com a agressão russa, com países como a Itália e a Hungria expressando preocupação com o risco de escalada e pedindo cautela nas ações militares .

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