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Lula critica investida de Trump contra Acordo de Paris e cobra financiamento ambiental

Em outro recado indireto ao governo dos EUA, Lula emendou: 'Guerras, corridas armamentistas e cortes na ajuda ao desenvolvimento são retrocessos'

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
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247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quarta-feira (23) a investida contra o Acordo Climático de Paris, adotado em 2015 por 195 membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Seu objetivo é limitar o aumento da temperatura média global a bem menos de 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais, preferencialmente a 1,5 grau Celsius.

"Apesar das investidas contra o Acordo de Paris, foi graças a ele que revertemos as projeções mais pessimistas de elevação da temperatura, que previam aumento de quatro graus até o fim do século", disse Lula, sem citar diretamente os EUA.

O discurso foi proferido na Cúpula Virtual sobre Ambição Climática, promovida pelo Brasil. O secretário-geral da ONU, António Guterres, além do presidente Lula e 17 líderes globais, buscam aumentar a ambição climática antes da COP30 no Brasil.

Lula também criticou as promessas não cumpridas de financiamento climático global e, em novo recado indireto ao governo dos EUA, emendou: 'Guerras, corridas armamentistas e cortes na ajuda ao desenvolvimento são um retrocesso'.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva em janeiro para anunciar a intenção do país de se retirar do Acordo de Paris. Em 2021, o ex-presidente dos EUA Joe Biden, que sucedeu Trump, assinou uma ordem executiva em 20 de janeiro de 2021 — seu primeiro dia no cargo — para reintegrar os EUA ao acordo. 

Confira abaixo alguns dos principais trechos do discurso: 

- "Apesar das investidas contra o Acordo de Paris, foi graças a ele que revertemos as projeções mais pessimistas de elevação da temperatura, que previam aumento de quatro graus até o fim do século.
- Guerras, corridas armamentistas e cortes na ajuda ao desenvolvimento e no financiamento climático nos empurram para trás.
- O planeta já está farto de promessas não cumpridas.
- Neste ano, todos os países devem apresentar suas novas Contribuições Nacionalmente Determinadas, as NDCs, com metas de redução de emissões de carbono até 2035.
- No ano em que celebramos o 80º (octogésimo) aniversário das Nações Unidas, convido a todos para um diálogo franco, aberto e genuíno sobre o que é preciso fazer para avançar na luta contra a mudança do clima".

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