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      Líderes europeus reforçam apoio à Ucrânia e pedem pressão contínua sobre a Rússia antes de cúpula entre Putin e Trump

      Carta assinada por Macron, Meloni e outros destaca diplomacia, apoio militar e sanções para tentar pôr fim à guerra na Ucrânia

      Primeiro-ministro canadense, Mark Carney, presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, chanceler alemão, Friedrich Merz, primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, e presidente francês, Emmanuel Macron, se encontram durante Cúpula de Líderes do G7 em Kananaskis, Alberta, Canadá 17/06/2025 (Foto: REUTERS/Suzanne Plunkett)
      Aquiles Lins avatar
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      247 - Os principais líderes europeus divulgaram neste domingo uma carta conjunta na qual reiteram o apoio substancial à Ucrânia e clamam por uma pressão constante sobre a Rússia para que a guerra termine. A informação é da Agência France Presse, que acompanhou o posicionamento oficial emitido pouco antes da cúpula marcada para 15 de agosto no Alasca, onde os presidentes Vladimir Putin e Donald Trump se reunirão em busca de uma solução para o conflito iniciado em fevereiro de 2022.

      “Aplaudimos o trabalho do presidente Trump para impedir o massacre na Ucrânia” e “estamos prontos para apoiar esse trabalho diplomaticamente, além de manter nosso substancial apoio militar e financeiro à Ucrânia”, afirmam os líderes europeus, destacando que “somente uma abordagem que combine diplomacia ativa, apoio à Ucrânia e pressão sobre a Federação Russa” poderá levar ao fim da guerra. A carta é assinada por nomes como Emmanuel Macron, Giorgia Meloni, Friedrich Merz, Donald Tusk e Keir Starmer, além da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

      Enquanto isso, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva manteve contato telefônico com Vladimir Putin no sábado, manifestando a disposição do Brasil em contribuir para uma solução pacífica do conflito. Segundo comunicado oficial, Putin “agradeceu a Lula por seu comprometimento e interesse na questão”. Apesar disso, até o momento, as três rodadas de negociações entre Rússia e Ucrânia realizadas neste ano não produziram avanços concretos, e permanece incerta a eficácia da próxima cúpula.

      Donald Trump, ao anunciar a reunião, afirmou que “haverá alguma troca de territórios em benefício de ambos”, referindo-se aos dois países, mas não detalhou quais seriam as concessões. Por sua vez, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky foi enfático nas redes sociais: “Decisões não podem ser tomadas contra nós, decisões não podem ser tomadas sem a Ucrânia. Seria uma decisão contra a paz. Eles não alcançarão nada. Os ucranianos não entregarão suas terras ao ocupante.”

      Zelensky também relatou conversas com o presidente francês Emmanuel Macron, que declarou no Twitter: “o futuro da Ucrânia não pode ser decidido sem os ucranianos.” O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, também expressou “total apoio” a Zelensky, defendendo “uma paz justa e duradoura que respeite a independência e a soberania da Ucrânia.”

      Desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, o conflito já causou dezenas de milhares de mortes e milhões de deslocados, além de destruição em larga escala. Apesar dos apelos de cessar-fogo por parte de EUA, Europa e Ucrânia, o presidente Putin manteve postura inflexível. A cúpula no Alasca marcará o primeiro encontro direto entre os presidentes americanos e russos desde junho de 2021, quando Joe Biden se reuniu com Putin em Genebra. Trump e Putin não se encontravam desde 2019, em uma cúpula do G20 no Japão.

      No terreno, os combates seguem intensos, com ofensivas russas no leste do país e ataques aéreos que, só no sábado, causaram a morte de seis civis nas regiões de Donetsk e Kherson, além de cerca de 20 feridos. Moscou exige que a Ucrânia ceda territórios parcialmente ocupados e renuncie a apoios ocidentais, demandas rejeitadas categoricamente por Kiev, que exige a retirada total das tropas russas e garantias internacionais de segurança, inclusive com envio de contingente europeu, o que é fortemente rejeitado pela Rússia.

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