Líbano forma novo governo; primeiro-ministro promete reformas
Forças políticas do país consideram indispensável que Israel se retire do território
247 - O Líbano formou um novo governo neste sábado, após uma guerra devastadora provocada pela agressão de Israel.
Falando aos repórteres, o novo primeiro-ministro, Nawaf Salam, disse que o gabinete de 24 membros dará prioridade às reformas financeiras, à reconstrução e à implementação de uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) vista como essencial para a estabilidade na fronteira com Israel.
O anúncio ocorreu depois de mais de três semanas de negociações com partidos políticos rivais no Líbano - onde os cargos governamentais são divididos de acordo com a religião a que pertencem - e de dias de impasse sobre os ministros muçulmanos xiitas, geralmente nomeados pelo Hezbollah, e seu aliado xiita, Amal.
Os Estados Unidos se opõem à influência do Hezbollah em qualquer novo governo.
Morgan Ortagus, enviada dos EUA para o Oriente Médio, disse na sexta-feira (7) que os EUA consideram o envolvimento do Hezbollah no novo gabinete uma "linha vermelha" e agradeceram a Israel por aplicar golpes devastadores àquele partido, em uma declaração que gerou protestos no Líbano.
O líder do movimento Amal, Nabih Berri, exigiu que os EUA garantam o acordo de cessar-fogo, seu cumprimento por Israel e a aplicação das disposições da Resolução 1701 da ONU, em particular a retirada das forças israelenses do território nacional.
Berri elogiou o papel do Exército libanês e seu profissionalismo na execução de sua mobilização, conforme descrito no acordo, que entrou em vigor em 27 de novembro.
No mesmo dia, o primeiro-ministro designado, Nawaf Salam, enfatizou a necessidade de pressionar Israel a se retirar dos territórios ocupados antes da data estabelecida de 18 de fevereiro, sem demora.
O aliado do Hezbollah, Amal - que é chefiado pelo presidente do Parlamento, Nabih Berri - foi autorizado a escolher quatro dos novos membros do gabinete, incluindo o ministro das Finanças, Yassin Jaber, e dar o seu aceno de aprovação a um quinto.
O gabinete está agora encarregado de redigir uma declaração política - um esboço geral da abordagem e das prioridades do próximo governo - e precisará de um voto de confiança do Parlamento do Líbano para ser totalmente chancelado.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: