Israel nega maus-tratos a Greta Thunberg e deporta 137 ativistas da Flotilha Sumud
Governo israelense afirma que direitos legais dos detidos foram respeitados enquanto ativistas retornam à Turquia após tentativa de romper bloqueio a Gaza
247 - Minutos depois de o Ministério das Relações Exteriores de Israel negar alegações de que a ativista Greta Thunberg teria sido maltratada durante a detenção, o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, reforçou a posição do governo em relação aos ativistas da Flotilha Global Sumud. As declarações foram feitas publicamente e detalham a visão oficial do Estado sobre a operação realizada contra a flotilha que tentava romper o bloqueio naval imposto à Faixa de Gaza.
“Tenho orgulho de que os ativistas da flotilha estejam sendo tratados como terroristas. Essa é a minha política”, afirmou Ben Gvir, enfatizando que a abordagem aplicada aos detidos segue uma linha definida pela administração prisional israelense. “Tenho orgulho dos funcionários da prisão agindo de acordo com a política definida pelo Comissário Kobi Yaakobi e por mim. Eu estava nos navios deles; não vi ajuda nem humanidade”, declarou.
O ministro visitou pessoalmente a Prisão de Ktzi'ot, localizada no deserto de Negev, e reiterou seu posicionamento sobre os ativistas: “Visitei a Prisão de Ktzi'ot e fiquei orgulhoso por termos tratado os ativistas da flotilha como apoiadores do terrorismo. Qualquer um que apoie o terrorismo é um terrorista e merece as mesmas condições aplicadas aos terroristas.”
Relatos de ativistas que retornaram à Europa denunciaram maus-tratos durante a detenção, incluindo violência física e psicológica, além de restrições a medicamentos e alimentação adequada. No entanto, as autoridades israelenses refutaram essas acusações, afirmando que os direitos legais dos detidos foram respeitados, conforme noticiou a AP News.
A interceptação da flotilha provocou protestos em diferentes regiões do mundo, da Europa à América Latina e Ásia, com críticas de organizações internacionais e governos à ação militar de Israel, enquanto grupos pró-palestinos organizaram manifestações de solidariedade aos ativistas detidos, segundo a Reuters.