Israel diz que enviou 137 ativistas sequestrados a caminho de Gaza para Turquia
Ativistas foram detidos em águas internacionais e enviados de Israel para Turquia enquanto bombardeios continuam em Gaza
247 - Israel anunciou nesta sexta-feira que 137 ativistas que integravam a Global Sumud Flotilla foram enviados para Turquia após serem detidos em águas internacionais, informou a rede Al Jazeera. Segundo o Ministério das Relações Exteriores de Israel, os ativistas eram oriundos de países como Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Jordânia, Kuwait, Líbia, Argélia, Mauritânia, Malásia, Bahrein, Marrocos, Suíça, Tunísia e Turquia.
Os ativistas foram “forçadamente levados para Israel depois que as forças israelenses os abduziram em águas internacionais”, destacou a reportagem de Haaretz. A operação gerou críticas de organizações humanitárias internacionais, que consideram a prática uma violação do direito marítimo.
Enquanto isso, os ataques israelenses em Gaza não cessam. Um bombardeio atingiu uma tenda em al-Mawasi, considerada zona humanitária segura, onde dois crianças palestinas foram mortas e oito pessoas ficaram feridas. Apesar de o Exército de Israel ter instruído os palestinos a se deslocarem para essa área, ela continua sendo alvo constante de ataques aéreos.
Outras regiões também sofreram ataques. No campo de Nuseirat, uma menina palestina foi atingida, e quatro pessoas morreram no bairro Tuffah. Um homem que tentava voltar para o norte relatou ter visto dois palestinos mortos a tiros diante de seus olhos, enquanto as forças israelenses permanecem próximas ao Corredor Netzarim, atacando quem tenta retornar. Um porta-voz do Exército afirmou que “o norte é uma zona de combate e os palestinos não têm permissão para retornar”.
Além dos ataques aéreos, o uso de munição real contra civis se mantém, e explosões continuam sendo ouvidas em toda a Faixa de Gaza, evidenciando que o bombardeio não parou.