Hamas e EUA mantêm conversações diretas sobre cessar-fogo e reféns em Gaza, diz porta-voz do governo Trump
Resistência palestina confirma negociações com emissário da Casa Branca; impasse persiste sobre desmilitarização e trégua permanente
247 - Os Estados Unidos e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) confirmaram a realização de conversações diretas, segundo informações divulgadas pelo site Axios e posteriormente confirmadas pela Casa Branca e pelo próprio Hamas. As negociações ocorrem em meio aos esforços para um cessar-fogo na Faixa de Gaza e a libertação de reféns detidos pelo grupo palestino, aponta reportagem do canal iraniano HispanTV.
Em coletiva de imprensa na quarta-feira (5), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o presidente Donald Trump apoia diálogos diretos como parte de uma abordagem estratégica. “O presidente acredita em participar de discussões globais para servir aos melhores interesses do povo americano. O presidente acredita que esta é a coisa certa a fazer pelo povo americano”, declarou.
De acordo com o Axios, o Enviado Especial da Casa Branca para Negociações de Libertação de Detentos, Adam Boehler, manteve encontros com representantes do Hamas nas últimas semanas em Doha, capital do Catar. O objetivo central seria a negociação da libertação de cinco cidadãos americanos ainda em poder do Hamas, quatro dos quais já falecidos.
Hamas confirma diálogos e insiste em cessar-fogo permanente
Basem Naim, alto funcionário do Hamas, confirmou as conversações e indicou que o grupo está disposto a discutir um acordo de trégua, mas sem abrir mão da resistência armada. Segundo fontes ouvidas pelo Axios, além da troca de prisioneiros, as discussões envolvem a viabilidade de um cessar-fogo definitivo, questão que se tornou um ponto central no impasse entre as partes.
O Hamas rejeita qualquer negociação que envolva seu desarmamento ou a retirada total de suas forças de Gaza, enquanto Israel insiste na “desmilitarização total” da Faixa de Gaza como condição para qualquer avanço na trégua.
Situação humanitária se agrava em Gaza
Os ataques israelenses contra a Faixa de Gaza, iniciados em outubro de 2023, já resultaram em mais de 48 mil mortes. Organizações humanitárias denunciam o bloqueio imposto por Israel, que tem impedido a entrada de suprimentos básicos, incluindo alimentos e medicamentos.
A organização humanitária Oxfam classificou o bloqueio israelense como uma “arma de guerra” e cobrou a liberação imediata da ajuda humanitária. “A ajuda humanitária não é moeda de troca”, afirmou a entidade em comunicado.
A comunidade internacional segue dividida sobre as condições para um acordo sustentável. Enquanto os EUA continuam a prestar apoio militar e diplomático a Israel, cresce a pressão global por um cessar-fogo e pelo alívio da crise humanitária na região.
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