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Governo Trump já deportou mais de 100 mil imigrantes desde janeiro

Administração republicana intensifica deportações enquanto enfrenta bloqueios judiciais e críticas por violações de direitos humanos

Presidente dos EUA, Donald Trump (Foto: Evelyn Hockstein/Reuters)
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247 - Desde que assumiu o cargo em janeiro, a administração do presidente Donald Trump tem implementado políticas rigorosas de imigração, resultando na deportação de mais de 100.000 migrantes e na prisão de 113.000 indivíduos.

Assas políticas têm sido alvo de críticas e desafios legais. Recentemente, um juiz federal de San Francisco, Edward Chen, bloqueou a revogação do Estatus de Proteção Temporal (TPS) para cerca de 600.000 venezuelanos, qualificando a ação como "ilegal, perigosa e motivada por preconceitos". Chen enfatizou que tal medida causaria danos irreparáveis aos afetados e à economia dos EUA. ​

A administração Trump tem enfrentado obstáculos ao tentar acelerar deportações utilizando a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798. Um juiz federal bloqueou temporariamente essa prática, destacando que os migrantes afetados não tiveram a oportunidade de contestar sua deportação, violando direitos fundamentais. Apesar da ordem judicial, a administração prosseguiu com as deportações, levando a críticas sobre a falta de respeito ao devido processo legal. ​

A resposta do presidente Trump às decisões judiciais tem sido agressiva. Ele criticou publicamente juízes que desafiaram suas políticas, chegando a pedir a destituição de um juiz federal que bloqueou as deportações em massa de venezuelanos, acusando-o de ser parte da "esquerda radical".

Essa postura gerou um confronto institucional, com o presidente da Suprema Corte do país, John Roberts, defendendo a independência judicial e afirmando que a destituição de juízes por desacordos com suas decisões não é apropriada. ​

Especialistas jurídicos alertam que a aplicação da Lei de Inimigos Estrangeiros em tempos de paz é 'questionável'. Essa legislação foi originalmente concebida para situações de guerra, e seu uso para deportações em massa levanta preocupações sobre sua constitucionalidade e respeito aos direitos humanos. Críticos argumentam que a abordagem do republicano pode ser vista como uma tentativa de contornar as proteções legais estabelecidas. ​

Em resposta às críticas e desafios legais, a administração Trump recorreu à Suprema Corte dos EUA para reverter as decisões que bloqueiam suas políticas de deportação. O governo argumenta que possui autoridade sobre questões de segurança nacional e que as ações são necessárias para proteger o país.

(Com informações do New York Post)

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