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Governo dos EUA divulga novos documentos sobre investigação de Jeffrey Epstein

Arquivos revelam registros de voos, evidências apreendidas e nomes ligados ao bilionário, incluindo anotações para Donald Trump

Jeffrey Epstein (Foto: New York State Division of Criminal Justice Services/Handout via Reuters)
Laís Gouveia avatar
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247 - O Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou nesta quinta-feira, 27, mais uma série de documentos sobre a investigação envolvendo o bilionário Jeffrey Epstein, que ficou mundialmente conhecido por comandar uma rede de tráfico sexual e por ser acusado de abusar de mais de 250 meninas menores de idade no início dos anos 2000. Os documentos liberados somam cerca de 200 páginas e oferecem uma visão mais detalhada sobre as atividades de Epstein, revelando registros de voos, uma lista de evidências apreendidas e nomes de pessoas associadas ao empresário.

Entre os documentos divulgados, aparecem anotações de voos que incluem o nome do presidente dos EUA, Donald Trump, ao lado de outros indivíduos, como Marla Maples, ex-esposa de Trump, e sua filha Tiffany. Essas anotações datam de maio de 1994, e as iniciais “JE” estão associadas a Jeffrey Epstein, conforme indicam registros da imprensa americana. No entanto, até o momento, não há qualquer evidência de envolvimento de Trump em crimes relacionados a Epstein, e é amplamente reconhecido que o ex-presidente e o bilionário foram amigos nas décadas de 1990 e 2000.

Entre os itens encontrados nas investigações, estão câmeras, computadores, documentos, fotos de mulheres e mídias eletrônicas, que ajudam a construir um panorama mais detalhado da rede de exploração sexual que Epstein operava. “A primeira fase dos arquivos divulgados hoje lança luz sobre a extensa rede de Epstein e começa a oferecer ao público a responsabilização que há muito era esperada”, afirmou a procuradora-geral dos EUA, Pamela Bondi, em comunicado.

Embora alguns desses documentos já circulassem pela internet, a nova liberação é considerada um marco na busca por mais informações sobre o caso. A procuradora também anunciou uma investigação interna no FBI, após descobrir que nem todos os documentos estavam sendo entregues conforme exigido. Além disso, o Departamento de Justiça determinou que todos os documentos sob sigilo sejam entregues até a manhã de sexta-feira, 28, com a devida revisão para proteger as identidades das vítimas.

A divulgação dos arquivos do caso Epstein foi uma promessa de campanha do presidente Donald Trump, e agora a Casa Branca também se prepara para divulgar arquivos sobre os assassinatos do presidente John F. Kennedy, do senador Robert F. Kennedy e do ativista Martin Luther King Jr.

Epstein, que morreu em agosto de 2019 enquanto estava detido, foi investigado após ser acusado de organizar um esquema de abuso sexual envolvendo menores em sua mansão em Palm Beach, Flórida. Apesar de um acordo judicial em 2008 que lhe concedeu imunidade de novas acusações, as investigações foram reabertas em 2019, quando mais vítimas começaram a denunciar a exploração sexual. Além disso, nomes de figuras públicas, como o ex-presidente Bill Clinton e o príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth II, também apareceram nos documentos. O escândalo envolvendo Andrew resultou na perda de títulos reais.

As investigações continuam em andamento, com a liberação de mais documentos aguardada, enquanto o caso continua a atrair atenção internacional, trazendo à tona a extensa rede de poder e corrupção que envolvia o bilionário Jeffrey Epstein.

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