Fórum Econômico Mundial livra Klaus Schwab de má conduta material e nomeia co-presidentes interinos
Revisão interna não encontra provas de irregularidades graves
247 - O Fórum Econômico Mundial (FEM) anunciou nesta sexta-feira (15) que não encontrou “evidências de má conduta material” por parte de seu fundador, Klaus Schwab, após uma investigação conduzida por um escritório de advocacia contratado pela própria entidade. O comunicado também informou que Larry Fink, CEO da BlackRock, e André Hoffmann, vice-presidente da Roche, assumirão interinamente a co-presidência do Conselho de Curadores. A decisão encerra o mandato do presidente interino Peter Brabeck-Letmathe.
A informação foi divulgada inicialmente pela Bloomberg, que destacou que a revisão interna concluiu pela inexistência de infrações graves, embora tenha identificado “irregularidades menores” na gestão. Schwab havia deixado o comando do FEM de forma abrupta em abril, após denúncias de uso indevido de recursos e disputas internas sobre o modelo de governança.
Conclusões da investigação
De acordo com o comunicado publicado no site oficial do FEM, “após uma revisão minuciosa de todos os fatos, o Conselho concluiu que, embora a organização deva evoluir para um modelo mais institucional, não há evidências de má conduta material por Klaus Schwab”. A nota também afirma que “não há indícios de qualquer irregularidade por parte de Hilde Schwab”, esposa do fundador. Ainda segundo o texto, as “irregularidades menores, decorrentes de linhas tênues entre contribuições pessoais e operações do Fórum, refletem compromisso profundo e não intenção de má conduta”.
A entidade prometeu reforçar mecanismos de governança para evitar novas situações que possam gerar dúvidas ou conflitos de interesse.
Mudanças na liderança
A saída de Brabeck-Letmathe da presidência interina abre espaço para um comando compartilhado entre dois nomes de peso nos setores financeiro e farmacêutico. Larry Fink lidera a BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, enquanto André Hoffmann ocupa a vice-presidência do conselho da farmacêutica Roche. O arranjo é temporário e valerá até que o FEM defina um modelo permanente de sucessão.
Contexto das acusações
A investigação foi motivada por denúncias de ex-funcionários e colaboradores atuais, que acusaram Schwab de utilizar recursos do Fórum para fins pessoais, além de levantar questionamentos sobre a cultura interna da organização. Apesar da conclusão favorável ao fundador, a decisão do FEM de implementar reformas na governança indica reconhecimento de fragilidades institucionais.
