Conselho de Segurança da ONU analisa hoje situação na Síria em reunião fechada

Prensa Latina - O Conselho de Segurança da ONU se reunirá nesta segunda-feira (9), a portas fechadas, para analisar a situação na Síria, após a saída do poder de Bashar al Assad e a tomada de Damasco por grupos radicais.

A reunião, solicitada pela representação russa, também discutirá o papel da Missão de Paz da ONU nas Colinas de Golã ocupadas por Israel. 

A delegação de Moscou alertou que a profundidade e as consequências dos últimos acontecimentos para a Síria e toda a região ainda não foram medidas. 

A sessão ocorre num momento chave para a nação árabe, enquanto as Nações Unidas promovem conversações políticas urgentes em Genebra na busca de um futuro pacífico. 

No domingo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou à calma e à prevenção da violência, bem como à proteção dos direitos de todos os sírios sem distinção, e ao respeito pela inviolabilidade das instalações e do pessoal diplomático e consular. 

“O futuro da Síria é uma questão que deve ser determinada pelos sírios, e o meu enviado especial (Geir Pedersen) trabalhará com eles para alcançar esse fim”, disse o chefe da organização. 

Guterres acrescentou que o contexto exige “apoio da comunidade internacional para garantir que qualquer transição política seja inclusiva e abrangente e atenda às aspirações legítimas do povo da Síria, em toda a sua diversidade”.

Pouco antes, o enviado da organização ao país do Oriente Médio, anunciado a partir de Doha, no Catar, confirmou o apelo ao diálogo urgente, ao mesmo tempo que apelou para evitar o derramamento de sangue. 

“Para este fim, permitam-me sublinhar o desejo claro expresso por milhões de sírios de que sejam estabelecidos urgentemente acordos de transição estáveis ​​e inclusivos e de que as instituições sírias continuem a funcionar”, afirmou.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, o ex-presidente decidiu “renunciar à presidência e deixar a nação, dando instruções para realizar uma transferência pacífica de poder”.