Ativistas denunciam Israel por violação do direito internacional após sequestro de navio com ajuda para Gaza
Oficiais israelenses ignoraram as ordens vinculantes promulgadas pela Corte Internacional de Justiça, disseram os ativistas do navio Handala
247 - O sequestro do navio humanitário internacional "Handala", que tentou furar o bloqueio à Faixa de Gaza, foi o terceiro ataque violento perpetrado pelas forças israelenses contra missões do "Freedom Flotilla" (Flotilha da Liberdade) apenas neste ano. A denúncia foi divulgada por ativistas do coletivo de apoio aos palestinos.
O novo ataque sucedeu o bombardeio por drones ao barco humanitário "Conscience", em águas européias, em maio, que feriu 4 pessoas e inutilizou a embarcação, e a apreensão ilegal do "Madleen", em junho. Na ocasião, militares de Israel sequestraram 12 civis, incluindo o internacionalista brasileiro Thiago Ávila, a ativista sueca Greta Thunberg e a parlamentar francesa Rima Hassan.
Logo antes do seu sequestro, a tripulação do Handala confirmou que entraria em greve de fome e não aceitaria comida ou água oferecida pelas forças de ocupação, dizem os ativistas, em nota, divulgada no sábado (26).
Segundo eles, oficiais israelenses ignoraram as ordens vinculantes promulgadas pela Corte Internacional de Justiça que exigem a viabilização de acesso humanitário à Faixa de Gaza. Os ataques contínuos à missões civis representam uma grave violação ao direito internacional, afirmam.
O Handala levava um carregamento de ajuda humanitária essencial para os palestinos em Gaza, incluindo fórmula infantil, fraldas, comida e medicamentos, disse o coletivo de ativistas.
"Toda sua carga humanitária seria distribuída diretamente para uma população que enfrenta a fome deliberada e o colapso do sistema de saúde causados pelo bloqueio ilegal de Israel", afirmam os ativistas.
“Israel não tem autoridade legal para deter civis internacionais a bordo do Handala,” disse Ann Wright, do comitê diretivo da Freedom Flotilla.
“Essa não é uma questão de jurisdição interna israelense. Essas pessoas são estrangeiras operando de acordo com leis internacionais em águas internacionais. Sua detenção é arbitrária, ilegal e deve acabar".
O analista internacional Pablo Jofré Leal, em entrevista concedida neste domingo (27) à HispanTV, foi categórico ao afirmar:
"Israel viola a lei marítima ao deter o navio de ajuda humanitária Handala".
"Não é incomum no que diz respeito ao regime sionista. Eles interceptam e detêm a tripulação, levam-nos para terra, alguns são presos imediatamente e outros são mantidos presos por mais tempo. Acho que será o mesmo procedimento", denunciou.
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