ONU: camada de ozônio tem a maior espessura registrada em décadas
Números indicaram uma recuperação gradual da estrutura que protege o planeta da radiação solar
247 - A camada de ozônio alcançou em 2024 a maior espessura registrada em décadas de monitoramento, de acordo com informações publicadas nesta segunda-feira (15) em um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada às Nações Unidas. Os números indicaram uma recuperação gradual da estrutura que protege o planeta da radiação solar. O buraco teve dimensões abaixo da média de 1990 a 2020, com um déficit de 46,1 milhões de toneladas de ozônio em 2024. O rombo foi menor do que o verificado nos quatro anos anteriores, de 2020 a 2023.
Entre as explicações mencionadas pela OMM está a maior atividade solar, que favorece a formação de ozônio, e dinâmicas atmosféricas que ajudam na produção e no transporte do gás para os polos terrestres. A informação foi publicada nesta segunda-feira (15) no jornal Folha de S.Paulo.
A OMM afirmou que, em 2024, a cobertura de ozônio em todo o planeta ficou acima da média histórica de longo prazo. A camada sobre o Ártico, por exemplo, foi 14% mais espessa em março do ano passado, em comparação ao período de 1960 a 2023. Foi identificada uma redução de 5% na incidência de radiação ultravioleta durante o verão no hemisfério Norte.
Localizada na estratosfera, uma parte da atmosfera, a camada de ozônio é uma espécie de escudo que protege a Terra da radiação do Sol.