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CNI vê diálogo entre Lula e Trump como avanço para reverter tarifação e fortalecer indústria brasileira

Entidade avalia que início das negociações entre Brasil e EUA pode devolver previsibilidade e competitividade às exportações nacionais

Presidente Lula durante reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiátic0 (ASEAN) (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

247 - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou como um avanço concreto o encontro realizado neste domingo (26), na Malásia, entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo nota divulgada pela entidade, o diálogo entre os dois líderes representa um passo importante nas tratativas para reverter o chamado tarifaço e restabelecer condições equilibradas de comércio bilateral.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que o anúncio do início das negociações com “disposição real das duas partes para alcançar um acordo” sinaliza um movimento relevante para devolver previsibilidade e competitividade às exportações brasileiras. “Acreditamos que teremos uma solução que vai fortalecer a indústria e o emprego no país”, declarou Alban, reforçando que o setor produtivo está à disposição para contribuir tecnicamente no processo de retomada das relações comerciais com os Estados Unidos sem a imposição de tarifas abusivas.

Propostas técnicas e áreas estratégicas

A CNI destacou que vem atuando de forma técnica e propositiva desde o início das discussões, defendendo o diálogo e a apresentação de propostas concretas em áreas de interesse comum, como energia renovável, biocombustíveis, minerais críticos e tecnologia. Para Alban, é natural que os EUA busquem proteger suas cadeias produtivas, mas o fundamental é que o processo seja “racional, transparente e baseado em dados, permitindo avançar de forma construtiva”.

Missão a Washington e cooperação bilateral

Em setembro, a CNI liderou uma missão empresarial a Washington, onde abriu frentes de diálogo e cooperação em setores de alto potencial, como data centers, combustível sustentável de aviação (SAF) e minerais críticos. Nessas reuniões, líderes industriais brasileiros se encontraram com autoridades e empresários norte-americanos para discutir os impactos das tarifas sobre as exportações e identificar caminhos para novas negociações.

Com o início formal das tratativas entre os governos, a CNI acredita que Brasil e Estados Unidos poderão construir uma nova agenda comercial mais previsível, voltada para a inovação e a sustentabilidade industrial.

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