Morte de ator que caiu de prédio em SP tem reviravolta após novos indícios
O novo laudo contraria os primeiros depoimentos colhidos pela Polícia Civil
247 - A morte do ator Rafael Suco, que caiu do quarto andar de um prédio no Morumbi, zona sul de São Paulo, em outubro de 2023, voltou a ser investigada quase dois anos depois do episódio. Antes tratado como suicídio, o caso passou a ser apurado como homicídio após um laudo pericial e novas imagens de câmeras de segurança levantarem dúvidas sobre a versão de testemunhas. A informação foi revelada pelo Cidade Alerta, da Record, e confirmada pelo portal Metrópoles.
Na noite da queda, Rafael estava em um apartamento acompanhado de duas mulheres e um homem. O ator, conhecido por participações em produções independentes e eventos culturais, chegou ao edifício “tranquilamente, como se fosse um encontro entre amigos”, segundo relatou ao programa Jean Putzel, amigo da vítima. “Na verdade, conhecia apenas uma dessas pessoas, mas mesmo assim entrou no edifício sem demonstrar preocupação”, disse Putzel.
O novo laudo toxicológico contraria os primeiros depoimentos colhidos pela Polícia Civil. O exame comprovou que Rafael não havia consumido álcool nem drogas, ao contrário do que afirmaram pessoas que estavam com ele. As câmeras do prédio também mostram o ator chegando sem sinais de alteração, reforçando a hipótese de que não havia descontrole emocional ou químico antes da queda.
As gravações registraram ainda a saída apressada de um dos homens presentes no apartamento cerca de duas horas depois. Nas imagens, ele aparece conversando de forma tensa com uma das mulheres que recebeu Rafael, pouco antes de tentar deixar o local. “Ele sai para ir embora, mas acaba sendo barrado por moradores do prédio ao lado, que ouviram o barulho. Nesse instante, o Rafael já estava no chão e a polícia já havia sido acionada”, relatou Putzel.
O amigo questiona a demora na investigação e o desaparecimento de registros de câmeras corporais dos policiais que atenderam a ocorrência. “A gente vê um caso desse parado em dois anos, mesmo com tantas provas consistentes do que pode ter acontecido dentro daquele prédio”, desabafou.
Procurada pelo Metrópoles, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que o inquérito agora está sob responsabilidade do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). “As partes envolvidas já foram ouvidas. Outras diligências seguem em andamento, incluindo a reconstituição do crime, que será realizada para auxiliar no completo esclarecimento dos fatos”, diz a nota enviada pela pasta.
A reabertura do caso gerou comoção entre fãs e amigos do ator. “Vocês viram que o laudo depois de dois anos comprova que ele não tinha bebido e nem usado droga? Que absurdo depois de dois anos”, escreveu uma internauta no último post de Rafael no Instagram. Outro seguidor lamentou: “Acabei de ver no noticiário que não foi suicídio”.
Enquanto a investigação busca esclarecer se Rafael caiu, foi empurrado ou vítima de outra forma de violência, a família e os admiradores aguardam respostas que possam encerrar um mistério que já dura quase dois anos.