Mãe de criança que queria trocar de lugar em voo recebe ameaças e culpa "moça do avião" por não indicar real autora do vídeo
Desde que o vídeo ganhou repercussão, Aline e seus filhos têm sido alvo de ameaças e ofensas
247 - Em entrevista ao programa Fantástico (Globo) neste domingo (8), Aline Rizzo, mãe da criança que gerou uma polêmica em um voo após uma recusa de troca de assento, desabafou sobre os ataques que tem recebido na internet. Aline explicou sua versão dos fatos e rebateu as acusações de que teria gravado ou incitado a viralização do vídeo.
"Não filmei, não ofendi a Jennifer [mulher que não quis trocar de lugar no voo] em nenhum momento. Nós não conversamos durante o voo, apenas pedi desculpas por o meu filho estar sentado no lugar dela e retirei ele", afirmou Aline, negando qualquer envolvimento direto na disseminação das imagens que deram origem ao caso.
"Xingamentos diários"
Desde que o vídeo ganhou repercussão, Aline e seus filhos têm sido alvo de ameaças e ofensas. “Eu ouço as pessoas dizendo: ‘que mãe ridícula’, ‘é por isso que as crianças viram marginais’. [...] E tenho que ouvir tudo calada, porque a pessoa que sofreu a agressão na hora, a Jennifer, não nega”, lamentou.
Quem gravou o vídeo foi Eluciana Cardoso, outra passageira a bordo. Em entrevista, Eluciana expressou arrependimento pelo ocorrido: "Peço desculpas para a Jennifer, para a Aline, para a família. Peço desculpas para mim, por ter achado que tinha sido forte naquele momento. E não fui. Poderia ter evitado tudo isso."
O caso que viralizou
Jennifer Castro, a passageira que não cedeu seu lugar, foi filmada usando fones de ouvido enquanto ignorava as reclamações de quem estava por perto. Após o vídeo viralizar, ela foi acusada de "falta de empatia", mas também recebeu uma onda de apoio nas redes sociais. Hoje, Jennifer acumula mais de dois milhões de seguidores no Instagram e já fechou sua primeira parceria publicitária com uma empresa de varejo.
Normas sobre troca de assento
A polêmica reacendeu o debate sobre regras de troca de assento em voos. Conforme explicou o colunista do UOL, Alexandre Saconi, não existe obrigatoriedade de trocar de lugar, salvo situações específicas relacionadas à segurança de voo ou cumprimento de regulamentações.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) estabelece que crianças menores de 16 anos devem viajar acompanhadas de um adulto responsável, mas isso não garante lugares específicos, como janelas, desde que os responsáveis estejam lado a lado.
O episódio segue como exemplo de como desentendimentos em ambientes públicos podem se desdobrar em narrativas polarizadas e gerar consequências graves para os envolvidos.
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