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      Influenciadora trans deixa o Brasil após perseguições e ameaças de morte no interior de SP

      Gabrielly e seu atual marido, Vinicius Augusto de Oliveira Cornelio, afirmam ter sido ameaçados

      Gabrielly Miguel (Foto: Reprodução)
      Laís Gouveia avatar
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      247 - A influenciadora digital Gabrielly Miguel, conhecida por ter integrado o perfil “Casal Maloka” nas redes sociais, deixou o Brasil às pressas após sofrer perseguições, ameaças de morte e ataques transfóbicos. A denúncia foi registrada no 23º Distrito Policial (Perdizes), em São Paulo, no dia 10 de julho. As informações são da CNN Brasil.

      Segundo o boletim de ocorrência, Gabrielly e seu atual marido, Vinicius Augusto de Oliveira Cornelio, afirmam ter sido ameaçados por um homem que seria o marido da proprietária da chácara onde estavam hospedados, em São José dos Campos (SP). O conflito teria começado após um desentendimento envolvendo a rescisão do contrato de aluguel.

      De acordo com o relato feito à polícia, o suspeito enviou áudios com ameaças e ofensas transfóbicas e homofóbicas, além de ter invadido a residência onde o casal morava com a família. “Ele mandou áudios horríveis, falou que estava pagando para me achar e disse que queria me pegar”, relatou Gabrielly, visivelmente abalada.

      Nas redes sociais, a influenciadora explicou a decisão de sair do país, alegando risco iminente à sua vida e à de seus familiares. “Eu fui para fora do Brasil porque estava sendo ameaçada, sofrendo transfobia. Se alguma coisa acontecer comigo ou com a minha família, vocês já sabem o que está acontecendo”, declarou em vídeo publicado no Instagram.

      Gabrielly também cobrou ação das autoridades brasileiras. “Peço ajuda para a Justiça brasileira. Que proteja a minha família, porque ninguém merece passar o que estou passando”, afirmou, destacando que já buscou apoio jurídico para lidar com o caso.

      O boletim de ocorrência foi registrado pelos crimes de injúria racial e ameaça. A Polícia Civil de São Paulo informou que as vítimas foram orientadas quanto à necessidade de representação formal para que o processo siga adiante. A apuração está a cargo da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e do 23º DP da capital.

      O caso gerou forte comoção nas redes, onde Gabrielly tem milhares de seguidores. Muitos manifestaram solidariedade e cobraram respostas do poder público diante da crescente onda de violência contra pessoas trans no Brasil — um dos países mais letais para essa população, segundo entidades de direitos humanos.

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