Ex-deputado de Goiás é preso no Rio suspeito de abusar de filha com 2 anos
Polícia afirma que investigação durou seis meses; defesa nega acusações e diz que ex-político é inocente
247 - O ex-deputado estadual de Goiás Iram de Almeida Saraiva Junior, de 55 anos, foi preso nesta quarta-feira (2) na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, suspeito de estuprar a própria filha de dois anos. A informação foi divulgada pela Polícia Civil e confirmada pelo portal UOL.
Ex-parlamentar pelo MDB entre 1999 e 2007, Saraiva Junior também é médico oftalmologista e já exerceu mandato como vereador em Goiânia. Ele é filho de Iram Saraiva, político tradicional de Goiás que morreu em 2020 e que foi senador, deputado federal, deputado estadual e ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
De acordo com a investigação, conduzida ao longo de seis meses, os policiais colheram depoimentos de testemunhas, laudos médicos e psicológicos, além de ouvir a própria criança em procedimento especial. Antes da prisão, já havia sido cumprido um mandado de busca e apreensão contra o ex-deputado, quando seu celular foi recolhido para perícia.
A defesa do ex-parlamentar nega as acusações. O advogado Alexandre Mallet afirmou que o caso se originou de denúncia feita pela ex-esposa de Saraiva Junior e que não há provas contra ele. “Iram foi acusado por sua ex-esposa de ter transmitido herpes para sua filha. Por isso, submeteu-se voluntariamente a exames laboratoriais, que comprovaram não ser portador desse vírus. O laudo do exame de corpo de delito realizado na menor não apontou qualquer indício de violência. Além disso, Iram entregou as senhas de todos os seus dispositivos eletrônicos, nos quais nada de ilícito foi encontrado”, declarou.
Segundo o defensor, o ex-deputado está colaborando com as autoridades. “Iram mantém plena confiança no sistema de Justiça brasileiro e acredita que sua inocência será reconhecida ao final do processo”, completou Mallet.
Iram Saraiva Junior está à disposição da Justiça e deve ser submetido a audiência de custódia nas próximas horas. O caso segue em investigação pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.