Carlinhos Maia é condenado a indenizar jovem após deboche sobre má formação óssea

247 - Carlinhos Maia foi condenado pela Justiça de Mato Grosso a pagar uma indenização de R$ 200 mil por danos morais a Luiz Antônio dos Santos, jovem que tem uma má formação óssea no rosto e foi alvo de uma piada feita pelo criador de conteúdo em 2023. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (8/5) pelo portal g1. O processo corre em segredo de Justiça e o influenciador ainda pode recorrer da decisão.

Com mais de 30 milhões de seguidores nas redes sociais, Carlinhos Maia usou uma montagem com o rosto de Luiz Antônio ao comentar um procedimento estético que havia feito. No vídeo, publicado logo após uma cirurgia, ele comparou a própria aparência à de Luiz, que nasceu com sequelas provocadas pelo uso incorreto de um fórceps durante o parto. Segundo a principal suspeita médica, o equipamento teria fraturado os ossos do rosto do bebê.

Na época, Luiz Antônio lamentou o episódio e afirmou que Carlinhos demonstrou total insensibilidade. “É desumano o que ele falou, o que ele fez. É preciso respeito, acho repugnante o humor estúpido que debocha da condição física das pessoas. A pessoa faz um deboche e não vê o interior dela. Não sabe o que está passando, o que aconteceu”, declarou a vítima.

Diante da repercussão negativa, Carlinhos publicou um vídeo em que se desculpou. Alegou que havia acabado de sair da anestesia e não percebeu que a imagem usada se tratava de uma pessoa com uma condição física específica. “Os seguidores me mandaram várias mensagens dizendo que eu estava sem queixo e, uma das montagens que eu publiquei, era de um rapaz. Eu estava grogue porque tinha acabado de sair da anestesia. Não tinha reparado que o rapaz da montagem era alguém que tinha má formação, pensei que era só alguém que tivesse o queixo pequeno. Fui idiota, poderia ter reparado”, disse o influenciador.

Ainda no vídeo, ele afirmou que sua intenção era se retratar antes que “o caso ficasse grande e começasse a viralizar”. No entanto, para Luiz Antônio e sua família, o dano emocional já havia sido causado — e a repercussão do caso reforçou a importância de se discutir os limites do humor nas redes sociais, especialmente quando atinge pessoas com deficiência ou condições específicas.