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      Corinthians terá eleição indireta após impeachment de Augusto Melo

      Conselheiros escolherão novo presidente até o fim de 2026

      O presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, em anúncio do impeachment de Augusto Melo (Foto: Reprodução/X)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - O Corinthians realizará eleição indireta para escolher o novo presidente, após o impeachment de Augusto Melo, afastado do cargo desde 26 de maio. Segundo informações do ge, apenas conselheiros vitalícios e trienais poderão votar e ser candidatos. O eleito cumprirá o mandato até dezembro de 2026, prazo original da gestão de Melo.

      O vice-presidente Osmar Stabile, que ocupa a presidência interinamente, confirmou que disputará o pleito. O presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, disse que anunciará o calendário nos próximos dias: "Vamos marcar com a maior brevidade possível. O estatuto não tem uma regra, mas esperamos que essa página virada possa proporcionar uma renovação institucional do Corinthians".

      Motivos do impeachment

      A destituição de Augusto Melo foi motivada por denúncias de irregularidades no contrato de patrocínio com a casa de apostas VaideBet, suposta violação da Lei Geral do Esporte e descumprimento do estatuto do clube. Em julho, a Justiça aceitou denúncia do Ministério Público de São Paulo, tornando o ex-presidente réu por associação criminosa, lavagem de dinheiro e furto.

      O MP afirma que mais de R$ 1 milhão pago como comissão pela intermediação do contrato passou por empresas de fachada e foi usado para ocultar a origem ilícita dos recursos.

      Contrato e investigações

      O contrato com a VaideBet, firmado em janeiro de 2024 por R$ 370 milhões em três anos, previa pagamento de R$ 25 milhões à Rede Social Media Design, de Alex Cassundé, ligado à campanha de Melo. A empresa recebeu R$ 1,4 milhão e repassou à Neoway Soluções Integradas, apontada pela Polícia Civil como de fachada.

      A VaideBet rescindiu o contrato em junho de 2024, acionando cláusula anticorrupção. A investigação aponta que parte do dinheiro chegou à UJ Football, de Ulisses Jorge, e passou por empresas como a Victory Trading Intermediação, dificultando o rastreio. A Polícia suspeita que os valores tenham financiado despesas da campanha eleitoral no clube.

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