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      “Naquela família, a linguagem do 'amor' é o ódio", diz Aroeira sobre as mensagens de Eduardo Bolsonaro

      "Eles se amam odiando-se. O filho manda o pai tomar naquele lugar, e isso entra como mais uma cereja no bolo do ódio e da desagregação”, diz o chargista

      (Foto: Reprodução)
      Dayane Santos avatar
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      247 - O chargista Renato Aroeira avaliou que as mensagens de Eduardo Bolsonaro, encontradas no celular de Jair Bolsonaro, reforçam as provas de obstrução da Justiça e conspiração contra o Estado Democrático de Direito.

      Para Aroeira, o episódio não pode ser tratado como uma simples conversa familiar. “Esse é o primeiro celular do Bolsonaro que fala. O do Mauro Cid já tinha falado. Agora, o do próprio ex-presidente confirma a obstrução. Eles mesmos produzem provas contra si”, ironizou.

      Aroeira também comentou o tom agressivo das mensagens entre pai e filho, repletas de insultos e pressões. “Naquela família, a linguagem do 'amor' é o ódio. Eles se amam odiando-se. O filho manda o pai tomar naquele lugar, e isso entra como mais uma cereja no bolo do ódio e da desagregação”, apontou o chargista.

      Segundo Aroeira, as revelações mostram o enfraquecimento político do clã Bolsonaro, inclusive dentro da própria direita. Ele apontou o jantar que reuniu dirigentes de partidos de centro e de direita na residência de Antonio Rueda, em Brasília, para discutir estratégias eleitorais e a possibilidade de apresentar uma candidatura para enfrentar Lula em 2026.

      “A reunião do Centrão sem a presença deles [clã Bolsoanro] mostra que já são carta fora do baralho. Enquanto isso, Eduardo implodiu ainda mais a própria direita, colocando Tarcísio e outros nomes numa saia justa. É como assistir a um filme de comédia sombria: eles mesmos ateiam fogo no parquinho”, avalia.

      Para o chargista, o conteúdo das mensagens reforça a percepção de que o golpe bolsonarista segue em andamento, ainda que esvaziado de forças institucionais. “É um crime continuado. Eles seguem conspirando, mesmo com tornozeleira e prisão domiciliar. A sensação é de um golpe permanente em curso”, concluiu.

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