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Centrão recua diante da pressão das ruas, diz Tabata Amaral sobre votação do IR

Deputada destaca importância da mobilização popular para garantir aprovação do projeto mesmo sem emendas progressistas

Tabata Amaral (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

247 - A aprovação da reforma do Imposto de Renda pela Câmara dos Deputados foi marcada pelo recúo do Centrão diante da mobilização popular, segundo a deputada Tabata Amaral (PSB-SP). Em entrevista ao programa Brasil Agora, a parlamentar enfatizou que a pressão da população foi decisiva para viabilizar a votação do projeto, mesmo que suas propostas mais progressistas não tenham sido incorporadas.

“Uma parcela do Centrão e do bolsonarismo fez de tudo para impedir que a reforma do imposto de renda fosse votada. Com essa batalha que vencemos, principalmente nas ruas, eles tiveram que recuar. A mobilização da população mostrou que todos estão acompanhando e que não é possível ignorar a pressão popular”, afirmou Tabata.

A deputada ressaltou que o recuo do Centrão foi estratégico: “O que eles estão tentando agora é aprovar o alívio para quem recebe menos, mas sem cobrar de quem tem mais. Isso é injusto, porque perpetua a desigualdade e joga a conta para os mais pobres. A única razão de eles terem permitido a votação é a pressão da população”.

Segundo Tabata, a participação popular não apenas pressionou o Legislativo, mas também demonstrou a importância de fiscalização social sobre o Congresso: “Todo o nosso esforço é para que as pessoas acompanhem a votação, vejam como cada parlamentar se posiciona. Sem essa pressão, o Congresso muitas vezes prioriza interesses privados e ignora as necessidades da população”.

A deputada concluiu destacando que a mobilização popular é o que garante avanços em pautas progressistas: “Quando o povo se mobiliza, quando mostra que está atento, nós conseguimos levar a pauta adiante. Foi isso que permitiu a votação da reforma do IR, mesmo que ainda haja batalhas pela frente, como a atualização automática pela inflação e a tributação justa sobre os mais ricos”.

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