Serviços lideram registros de microempreendedores e impulsionam abertura de empresas no Brasil
Estudo do Sebrae mostra que setor de Serviços concentra a maior parte dos novos negócios em 2024, com 4,1 milhões de empresas abertas no país
247 - Cabeleireiros, transporte rodoviário, serviços de entrega, manutenção de veículos e até atividades de fotocópia e preparação de documentos estão entre as áreas mais procuradas por quem decide empreender no Brasil. De acordo com o 2º Atlas dos Pequenos Negócios, elaborado pelo Sebrae e divulgado em 24 de setembro, 11 das 20 ocupações com maior número de registros de microempreendedores individuais (MEI) em 2024 pertencem ao setor de Serviços.
O levantamento também revela que os pequenos negócios do setor avançaram de forma expressiva entre as micro e pequenas empresas (MPE). No ranking de 2024, 14 das 20 atividades mais registradas nessa categoria estão ligadas a serviços, incluindo consultórios médicos e odontológicos, escritórios de apoio administrativo, restaurantes e empresas de engenharia.
No total, o Brasil registrou no último ano cerca de 1 milhão de novos CNPJs de micro e pequenas empresas e 3 milhões de MEI, somando 4,1 milhões de empreendimentos. O número representa um crescimento de 20% nas inscrições de MPEs e de 7% nos registros de microempreendedores individuais em comparação a 2023.
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, esses dados comprovam a relevância dos pequenos negócios para o desenvolvimento econômico. “São pessoas que sabem se virar e enfrentam desafios diários e se mostram resilientes, criando empregos e renda. Trabalham com seu talento e enfrentam um sistema que não foi feito para os pequenos. Contudo, continuam sendo os maiores geradores de postos de trabalhos formais no nosso país”, destacou.
Ele lembra que a criação da figura do MEI foi um marco para formalizar milhões de trabalhadores. “A implementação da figura do Microempreendedor Individual permitiu que milhões de pessoas que faziam do empreendedorismo uma alternativa para complementar a renda, ou mesmo como sua principal ocupação, pudessem se beneficiar de uma série de direitos que antes lhes eram vedados: registro de um CNPJ, possibilidade de emitir nota fiscal, vender para o poder público, ter acesso a produtos e serviços bancários, além de direitos e benefícios previdenciários”, afirmou Lima.
Sobre o estudo
O Atlas dos Pequenos Negócios é considerado o levantamento econômico mais abrangente sobre microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte no país. A primeira edição foi lançada em 2022, durante as comemorações dos 50 anos do Sebrae. O objetivo do estudo é oferecer dados qualificados que ajudem na formulação de políticas públicas e no incentivo ao fortalecimento socioeconômico dos pequenos negócios.