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      Pix conquista os brasileiros e transforma o pagamento em bares e restaurantes

      Sistema instantâneo supera o uso de dinheiro vivo e já responde por 16,5% das receitas no setor de alimentação fora do lar em todo o país

      (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)
      Aquiles Lins avatar
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      247 - O Pix vem mudando profundamente os hábitos financeiros dos brasileiros e já começa a se destacar como o principal meio de pagamento em setores como o de alimentação fora do lar. Segundo levantamento divulgado pelo Google na pesquisa "Pagamentos em Transformação: do Dinheiro ao Código", o uso de cédulas no Brasil despencou de 43% em 2019 para apenas 6% em 2024. Nesse mesmo período, o Pix se consolidou como o protagonista das transações financeiras no país, estando presente em 93% da população e sendo responsável por 47% dos pagamentos realizados.

      A pesquisa destaca a rápida digitalização dos pagamentos e revela que novas funcionalidades, como o Pix Parcelado — ainda em fase de implantação oficial —, já são utilizadas por parte dos consumidores. “A pesquisa mostra que até mesmo o Pix Parcelado, mesmo antes de seu lançamento oficial, é uma realidade para muitos e aponta para uma nova oportunidade de microcrédito no país”, afirma Thais Melendez, líder de insights estratégicos do Google. “Entender essas transformações é o que nos permite continuar inovando e desenvolvendo soluções que realmente atendam às novas necessidades dos brasileiros.”

      No setor de bares e restaurantes, a tendência é ainda mais evidente. Dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) indicam que o Pix já representa 16,5% do faturamento do setor, ultrapassando o dinheiro em espécie, que caiu para 10% das operações. A modalidade tem impacto ainda mais expressivo na região Norte, onde responde por 25,5% das receitas dos estabelecimentos.

      “O Pix mudou o comportamento do consumidor e se tornou uma alternativa prática e eficiente para os bares e restaurantes”, avalia Paulo Solmucci, presidente da Abrasel. “Hoje, o cliente quer rapidez, segurança e praticidade na hora de pagar a conta. Para os estabelecimentos, o impacto é igualmente positivo, com recebimentos instantâneos que facilitam operações no fluxo de caixa.”

      Segundo Solmucci, a ascensão das transações digitais exige uma mudança de mentalidade e abre portas para inovação no setor. “Estamos diante de um consumidor que praticamente deixou o dinheiro físico de lado. Essa realidade exige que os bares e restaurantes invistam em tecnologia, mas também oferece oportunidades para pensar em novos serviços, como pedidos digitais e programas de fidelidade vinculados ao Pix”, complementa.

      O Banco Central também confirma a tendência de abandono do dinheiro vivo. Estimativas apontam que 53,4% dos brasileiros pretendem parar completamente de usar cédulas até 2030. Outros 31,6% pretendem reduzir seu uso, enquanto apenas 8,7% planejam manter o hábito.

      “Esse movimento de digitalização não é apenas uma mudança na forma de pagamento, mas uma transformação cultural que exige dos bares e restaurantes agilidade, inovação e foco na experiência do cliente. Estar alinhado a essas tendências é essencial para continuar competitivo e atender às expectativas de um público cada vez mais conectado e exigente”, finaliza Solmucci.

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