Pequenos negócios puxam queda do desemprego e garantem maioria das contratações formais
Brasil registra taxa de desocupação de 5,8%, a menor em 13 anos, com mais de 60% dos novos empregos gerados por micro e pequenas empresas
247 - A taxa de desemprego no Brasil atingiu 5,8% no segundo trimestre de 2025, o menor patamar registrado desde o início da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam ainda que a recuperação do mercado de trabalho tem contado fortemente com a contribuição dos pequenos negócios, que lideraram as contratações formais no período.
De acordo com a pesquisa, a taxa de desocupação entre abril e junho caiu 1,2 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre do ano (7,0%) e recuou 1,1 ponto percentual na comparação com o mesmo período de 2024. O número absoluto de desempregados ficou em 6,3 milhões, uma redução de 17,4% em relação ao trimestre anterior. O presidente do Sebrae, Décio Lima, comemorou os resultados e destacou os efeitos das políticas públicas de inclusão: “Trata-se da menor taxa de desemprego já registrada no país. Todo o cenário é favorável. Hoje faz três dias que o Brasil saiu do Mapa da Fome. E isso é resultado das políticas de inclusão social implementadas pelo presidente Lula e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin”.
O levantamento do IBGE também mostra que a taxa de participação na força de trabalho subiu para 62,4%, enquanto o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39 milhões. Nesse contexto, os pequenos negócios – que incluem microempreendedores individuais (MEIs), microempresas (MEs) e empresas de pequeno porte – desempenharam papel decisivo: já são responsáveis por mais de 635,7 mil contratações com carteira assinada em 2025, representando mais de 60% do total de novos empregos formais no país.
Décio Lima reforçou o protagonismo dos empreendedores brasileiros: “São pessoas que acordam todos os dias e se mostram resilientes no projeto de fazer o país crescer. Trabalham com seu talento e enfrentam um sistema que não foi feito para elas. Esse resultado não representa apenas mais emprego, mas oportunidade e inclusão para a população”.
A informalidade também apresentou leve queda, passando de 38% no primeiro trimestre para 37,8% no segundo, o equivalente a 38,7 milhões de trabalhadores sem carteira assinada. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o recuo foi de quase um ponto percentual (38,7% em 2024). Esse movimento também reflete o avanço do empreendedorismo formal: nos primeiros seis meses do ano, 2,6 milhões de novos CNPJs foram registrados, segundo levantamento do Sebrae com base em dados da Receita Federal.
A renda do trabalhador também avançou. O rendimento médio real mensal chegou a R$ 3.477, com alta de 1,1% em relação ao primeiro trimestre e de 3,3% em comparação ao mesmo intervalo de 2024. Já a massa de rendimento real habitual totalizou R$ 351,2 bilhões, representando aumento de 2,9% no trimestre.
Os números reforçam a tendência de retomada da economia com distribuição de renda e protagonismo dos pequenos negócios – um setor cada vez mais relevante na engrenagem do crescimento nacional.
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