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      Parceria entre Sebrae e Mapa amplia mercado e pode elevar em 20% produtividade de 2,5 mil agroindústrias

      Acordo fortalece pequenos produtores rurais com foco em inspeção, formalização e acesso nacional ao mercado de alimentos de origem animal

      Parceria visa habilitar a comercialização dos produtos de origem animal com o fortalecimento do SISBI e do Selo Arte. (Foto: Divulgação/Maicon Felipe)
      Aquiles Lins avatar
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      247 - Um novo acordo firmado entre o Sebrae e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) pode transformar a realidade de milhares de pequenos empreendimentos rurais no Brasil. Segundo reportagem da Agência Sebrae de Notícias, a iniciativa prevê o fortalecimento de cerca de 2,5 mil agroindústrias, com potencial de elevar sua produtividade em até 20%, ao garantir acesso ampliado ao mercado nacional por meio da formalização e da qualificação de seus produtos. A parceria foi oficializada nesta quarta-feira (6), na sede do Mapa, em Brasília.

      O foco do convênio está na ampliação do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA) e na valorização do Selo Arte, destinado a produtos alimentícios artesanais de origem animal. Com a adesão ao SISBI, os empreendimentos poderão vender seus produtos em todo o território nacional, rompendo barreiras locais de comercialização que limitavam sua escala e competitividade.

      “A gente sabe que o mercado não foi feito para os pequenos, por isso precisa de processos protetivos e principalmente de políticas de um Estado social. Essa parceria do Mapa e do Sebrae é justamente para garantir a inclusão da pequena agricultura e o desenvolvimento da economia dos pequenos dentro dessa lógica de poder ter longevidade e fazer escala no mercado”, afirmou Décio Lima, presidente do Sebrae.

      Atualmente, o SISBI registra 3.526 estabelecimentos em operação, mas apenas 1.061 têm autorização para atuar nacionalmente. O Sebrae deve atuar junto aos serviços de inspeção municipal dos cerca de 800 consórcios públicos existentes no país, oferecendo suporte técnico para que façam a adesão ao sistema federal. A medida deve reduzir a informalidade, facilitar a regularização dos negócios e aumentar a segurança dos consumidores.

      “Com o acordo queremos fazer com que as pequenas agroindústrias possam se formalizar para se inserir inclusive no contexto da globalização econômica e fazer com que essa pequena economia tenha condições naturais de fazer escala, de crescer, de se desenvolver e de agregar valor sobre o seu produto”, completou Lima.

      Bruno Quick, diretor-técnico do Sebrae, destacou os programas que serão potencializados pela nova política, como o “Juntos Pelo Agro” e as ações voltadas às Indicações Geográficas (IG). “O Sebrae é um instrumento de política pública. É uma ação muito bonita em uma agenda que fomenta diferenciais, agrega valor, faz marca e cria governanças locais. Só tem uma coisa que segura o filho do produtor no campo: a industrialização da sua produção. Isso vai mudar a pequena agricultura no Brasil”, disse.

      Para o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a formalização dos produtos com o selo SISBI é um passo decisivo para romper desigualdades no campo. “A partir do selo de inspeção de qualidade instalado nos municípios, o Ministério da Agricultura passará a ter, por intermédio do Sebrae, o acesso ao empreendimento, a uma granja, uma queijaria, a uma produção de ovos. Ninguém tem mais capilaridade e competência para tecnificar, qualificar e prepará-los para agregar valor ao seu produto”, ressaltou o ministro.

      Além do SISBI, a parceria também reforça o uso do Selo Arte, que já tem mais de 2 mil produtos registrados, e fortalece ações como o Programa Mais Leite Saudável e o Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite. As Indicações Geográficas, que valorizam produtos com identidade territorial e já somam 139 reconhecimentos no país, também fazem parte da estratégia.

      Nos últimos dois anos, o Sebrae já realizou cerca de 1,1 milhão de atendimentos a mais de 250 mil produtores rurais, com foco na agricultura familiar, que representa 67% das ocupações no campo e responde por 23% do valor bruto da produção agropecuária nacional. Com a nova parceria, a expectativa é de um salto qualitativo e quantitativo para esses pequenos negócios, reforçando sua capacidade de competir, gerar renda e permanecer no campo com dignidade.

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