Micro e pequenas empresas respondem por 80% das contratações em julho
Levantamento do Sebrae mostra que MPE geraram mais de 103 mil empregos no mês, reforçando sua importância para a economia e inclusão social
247 - As micro e pequenas empresas seguem como protagonistas na geração de empregos no Brasil. Segundo levantamento do Sebrae, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), cerca de 80% das contratações realizadas em julho deste ano tiveram origem em microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). Ao todo, o setor foi responsável pela criação de mais de 103,6 mil postos de trabalho no período.
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, o resultado confirma o papel estratégico do empreendedorismo na inclusão econômica e social. “Agora, as micro e pequenas empresas tiveram um salto para 80% das contratações, o que representa essa capacidade pujante que os pequenos negócios têm de gerar emprego e renda para a população. Uma verdadeira revolução com mais inclusão. O empreendedorismo vem criando oportunidades em todos os cantinhos do país”, afirmou.
Os números mostram ainda que, entre janeiro e julho, as MPE foram responsáveis pela criação de 853,8 mil vagas formais. O setor de Serviços liderou no período, com saldo positivo de mais de 430 mil empregos, seguido pela Construção (161,1 mil) e pela Indústria de Transformação (120,7 mil).
Em julho, o setor de Serviços também foi destaque, abrindo 42,5 mil postos de trabalho. A Construção e o Comércio vieram logo atrás, praticamente empatados, com mais de 23 mil novas vagas cada. Entre as atividades que mais contrataram estão transporte rodoviário de cargas, atendimento hospitalar, hipermercados e supermercados, fornecimento e gestão de recursos humanos e construção de edifícios.
Sobre o Caged
Criado pela Lei nº 4.923, de 23 de dezembro de 1965, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) tem como função principal acompanhar mensalmente as admissões e demissões de trabalhadores regidos pela CLT. Desde 1986, também serve como base para o pagamento do seguro-desemprego. Mais recentemente, tornou-se uma ferramenta importante para programas de reciclagem profissional e recolocação de trabalhadores no mercado.
Desde janeiro de 2020, as informações do Caged passaram a ser gradualmente substituídas pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), por meio do qual todas as empresas são obrigadas a declarar suas movimentações trabalhistas.