Mercado de fidelização cresce no Brasil e aposta em inteligência artificial e novas experiências

247 - O mercado de programas de fidelização no Brasil segue em forte expansão. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (Abemf), o setor faturou R$ 5,2 bilhões no primeiro semestre de 2024, um crescimento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado. A expectativa é que essa taxa de expansão se mantenha até 2026.

Além do avanço financeiro, o número de participantes também tem crescido. No primeiro trimestre deste ano, havia 315,9 milhões de cadastros em programas de fidelidade no país, um aumento de 3,1% na comparação anual. Diante desse cenário positivo, empresas do setor buscam entender quais estratégias podem impulsionar ainda mais a adesão dos consumidores.

Segundo o estudo Global Loyalty Trends 2025, da Antavo, os investimentos empresariais em fidelização atingiram o maior patamar dos últimos quatro anos. Os responsáveis por esses programas destinaram, em média, 31,4% do orçamento total de marketing para ações de retenção de clientes, além de adotarem inteligência artificial para personalizar a comunicação com os usuários. O relatório aponta ainda três tendências para a fidelização: gamificação, recompensas baseadas em experiências e benefícios exclusivos que criam memórias para o consumidor.

A startup mineira Alloyal, especializada em tecnologias para programas de fidelidade, tem acompanhado essa transformação e apostado na personalização como diferencial. A empresa já lançou mais de mil programas do tipo, acumulando mais de 10 milhões de usuários cadastrados. Em 2023, seu faturamento cresceu mais de 50%, com um salto de 300% no número de cupons utilizados e um aumento de 40% no cashback médio dos consumidores.

Recentemente, a Alloyal firmou uma parceria com a Azul Linhas Aéreas, permitindo que usuários troquem cashbacks acumulados em compras nos aplicativos das empresas clientes por pontos no programa Azul Fidelidade. “A Alloyal quer popularizar a fidelização no Brasil, aproximando a parceria entre grandes marcas como Magalu, Amazon, LG e Burger King com empresas de diversos portes. A Azul Linhas Aéreas, por exemplo, vai permitir que essas empresas ofereçam um benefício que agrega valor ao usuário e atua como diferencial competitivo, além de ajudar o povo brasileiro a viajar”, afirma Aluísio Cirino, CEO da startup.

Com um volume expressivo de transações, a empresa já distribuiu mais de R$ 40 milhões em cashback e movimentou R$ 640 milhões em vendas para empresas parceiras. Para os usuários, o impacto é significativo: estima-se que R$ 68 milhões tenham sido economizados por meio dos programas de fidelidade gerenciados pela Alloyal.