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      Inflação recua em agosto e alivia custos para pequenos negócios

      Queda de 0,14% no IPCA-15, primeira em mais de dois anos, reduz despesas de produção e fortalece ambiente para micro e pequenas empresas

      (Foto: Agência Brasil )
      Aquiles Lins avatar
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      247 - Pela primeira vez em mais de dois anos, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) apresentou deflação. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador registrou queda de 0,14% em agosto. A última retração havia sido de 0,07% em julho de 2023.

      De acordo com o IBGE, a deflação foi impulsionada principalmente pela redução nas contas de energia elétrica, em razão do bônus concedido por Itaipu, que deve ser revertido já nas próximas faturas, além da queda de preços de alimentos e da gasolina. O resultado veio após alta de 0,33% em julho e sinaliza uma trégua no avanço da inflação.

      O presidente do Sebrae, Décio Lima, celebrou a notícia e destacou que o indicador reforça os efeitos de políticas econômicas coordenadas pelo governo federal. “Há muitos desafios, considerando a conjuntura econômica internacional, mas a primeira queda da inflação é uma boa notícia que se soma a outras conquistas recentes, como a geração recorde de empregos e a saída do Brasil do Mapa da Fome”, afirmou.

      Para os pequenos negócios, a redução da inflação traz impacto direto no controle de custos e na ampliação da competitividade. “Inflação baixa incentiva o movimento do grande motor da economia brasileira, que são os pequenos negócios. Isso beneficia toda a população brasileira. As micro e pequenas empresas são responsáveis por mais de 97% do total de empresas e por 70% das vagas de emprego formais geradas no país. Se elas crescem, o Brasil cresce junto”, ressaltou Décio.

      O IPCA-15 é composto por nove grupos de produtos e serviços, e a deflação de agosto foi puxada principalmente pelos segmentos de habitação (-1,13%), alimentação e bebidas (-0,53%) e transportes (-0,47%). O índice funciona como prévia do IPCA, o indicador oficial da inflação brasileira, diferindo principalmente no período de coleta: enquanto o IPCA-15 considera preços entre a segunda metade do mês anterior e a primeira metade do mês de referência, o IPCA consolida os dados do mês inteiro.

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