Estudantes de escolas públicas poderão criar negócios inovadores com apoio do programa Supernova
Parceria entre Sebrae e MEC quer formar mil equipes na primeira fase e chegar a 1 milhão de participantes em três anos
247 - Estudantes de cursos técnicos e de graduação de instituições públicas têm agora uma nova oportunidade para mergulhar no universo do empreendedorismo inovador. Lançado nesta segunda-feira (11), o Programa Supernova é fruto de uma parceria entre o Sebrae e o Ministério da Educação (MEC) e pretende, já na primeira fase, envolver até 5 mil alunos em todo o país, formando mil equipes com projetos voltados a soluções criativas e de impacto. A informação é da Agência Sebrae de Notícias.
O Supernova integra o Programa Nacional Educação que Transforma e o Programa Nacional Impulso Tecnológico, ambos do Sebrae, e tem como objetivo sensibilizar e capacitar estudantes para a criação de negócios inovadores alinhados a demandas sociais, tecnológicas e de mercado. A parceria com o MEC representa um passo decisivo para a ampliação nacional da iniciativa, alcançando jovens e adultos que cursam o ensino técnico ou superior e estimulando a cultura empreendedora.
De acordo com o Sebrae, a meta para os próximos três anos é ambiciosa: envolver 1 milhão de estudantes e fomentar a criação de 100 mil negócios, que continuarão recebendo suporte por meio de programas de aceleração. O formato será híbrido, com atividades presenciais e online, e oferecerá gratuitamente uma trilha de capacitação que aborda temas como desenvolvimento de competências empreendedoras, validação de ideias, marketing, construção de MVP, vendas, sustentabilidade financeira e apresentação de pitchs, além de mentorias especializadas.
Os participantes deverão, ao final, apresentar um modelo de negócios e um vídeo pitch. Os projetos mais promissores serão premiados com uma missão técnica nacional de até cinco dias em um hub de inovação e tecnologia, prevista para o primeiro semestre de 2026. Para o diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, a experiência vai muito além de abrir portas para o empreendedorismo formal.
“Não necessariamente pela possibilidade no empreendedorismo, como dono de uma empresa e um CNPJ, mas pelo vasto conhecimento adquirido e competências desenvolvidas, que serão fundamentais para que se apropriem do próprio projeto de vida, na posição de protagonistas, o que reflete em contribuição para toda a sociedade”, afirmou Quick.
O secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Marcelo Bregagnoli, destacou que a vivência prática proporcionada pelo programa conecta teoria e prática de maneira única. “Essa vivência possibilita o desenvolvimento de softskills e atua como ponte entre a formação acadêmica e o mundo do trabalho”, disse Bregagnoli.
As inscrições serão feitas pela plataforma do Sebrae, e as equipes poderão ter de duas a cinco pessoas, com orientação preferencial de um professor. A metodologia foi pensada para garantir o protagonismo estudantil, articulando competências técnicas e comportamentais e unindo a formação acadêmica à prática empreendedora.