Empresa brasileira revoluciona acesso a estádios com reconhecimento facial
Startup criada pelo mineiro Ricardo Cadar transforma a experiência dos torcedores e consolida o Brasil como referência mundial em biometria facial
Beatriz Bevilaqua, 247 - A entrada em estádios de futebol no Brasil nunca foi tão rápida e segura. Por trás dessa transformação está a Bepass, empresa fundada pelo engenheiro Ricardo Cadar, que desenvolveu um sistema de reconhecimento facial já presente em alguns dos maiores estádios do país, como Allianz Parque, MorumBIS, Maracanã, Nilton Santos e Vila Belmiro.
A tecnologia permite que o torcedor acesse o estádio apenas com o rosto, sem a necessidade de apresentar ingresso impresso, QR Code ou documento. Tudo é feito de forma simples, segura e integrada. O processo começa antes da compra do ingresso: o usuário realiza um cadastro facial único, validado com seu CPF e documento oficial. A partir daí, a entrada é liberada em segundos, com total proteção de dados.
“O estádio de futebol nada mais é do que um grande controle de acesso. A biometria facial veio para facilitar a entrada de milhares de pessoas com segurança e fluidez”, explica Ricardo Cadar.
A Bepass oferece um modelo de serviço completo, conhecido como turn key, no qual a própria empresa é responsável por todas as etapas, da instalação dos equipamentos à operação do software. O objetivo é garantir eficiência tanto para o público quanto para os clubes e administradores dos estádios.
Atualmente, a startup já atende nove dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, o que representa cerca de 70% da torcida nacional. Esse avanço acompanha as exigências da Lei Geral do Esporte, aprovada em 2023, que tornou obrigatória a presença de sistemas de biometria facial e monitoramento por imagem em arenas com capacidade superior a 20 mil pessoas.
“Nosso slogan é ‘Seu rosto, seu acesso’. Em menos de um segundo, o sistema valida o ingresso, confirma o portão correto e libera a entrada”, afirma o fundador.
Além do futebol, a tecnologia da Bepass vem sendo implementada em shows, eventos corporativos e espaços de grande circulação, onde há necessidade de controle ágil e seguro de público. A ideia é oferecer uma experiência sem filas, sem contato e sem burocracia.
Todo o processo segue as normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O usuário dá consentimento para o uso de suas informações, e esses dados são utilizados exclusivamente para o controle de acesso, sob supervisão da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). “A privacidade é uma prioridade. Os dados são protegidos e utilizados apenas para o fim autorizado pelo torcedor”, reforça Cadar.
Para o empreendedor, o uso da biometria facial está apenas no começo e deve se expandir para outras situações do cotidiano. “Já utilizamos a biometria para entrar em prédios, escritórios e condomínios. Em breve, será possível fazer até pagamentos apenas com o rosto. A ideia é que a experiência do dia a dia seja cada vez mais dinamica”, projeta. A visão de Cadar traduz o espírito do empreendedor brasileiro que alia inovação e tecnologia a soluções práticas para o público. Assista na íntegra aqui: