Brasil sai do Mapa da Fome e pequenos negócios impulsionam geração de renda e empregos
Setor gerou mais de 1,2 milhão de empregos em 2024 e ajudou famílias a superarem a pobreza, contribuindo para a retirada do país do Mapa da Fome da ONU
247 - O Brasil deixou novamente o Mapa da Fome das Nações Unidas, graças a uma combinação de políticas públicas eficazes e à forte contribuição dos pequenos negócios na geração de renda e oportunidades. A informação foi confirmada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, realizada em Adis Abeba, na Etiópia. Segundo o relatório da FAO, menos de 2,5% da população brasileira está atualmente em risco de subalimentação — quando o consumo de calorias é insuficiente para manter uma vida ativa e saudável.
A notícia foi celebrada por representantes do governo e de entidades ligadas ao desenvolvimento econômico e social. De acordo com a Agência Sebrae de Notícias, o presidente do Sebrae, Décio Lima, destacou a relevância da conquista: “Não dá para não se emocionar com essa notícia que mostra claramente que tudo vale a pena quando o povo está no centro das políticas públicas. Infelizmente estávamos convivendo com essa tragédia do nosso país no Mapa da Fome. Um grande esforço do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin que merece ser celebrado”.
O país já havia saído do Mapa da Fome em 2014, mas retornou entre 2018 e 2020, período em que os índices de insegurança alimentar aumentaram de forma expressiva. Agora, a reversão desse quadro reflete o impacto de medidas estruturantes e do papel estratégico das micro e pequenas empresas no enfrentamento à pobreza e ao desemprego.
Décio Lima ressaltou que os pequenos negócios foram fundamentais para essa transformação. “Já superamos parte dos problemas de curto prazo: retomamos o crescimento e reduzimos o desemprego. A transferência de renda já impulsiona a economia do país. O que promove o desenvolvimento é a sofisticação da estrutura produtiva, e o Brasil trabalha nesse sentido, buscando sua própria transformação por meio de políticas estruturantes, inovação, apoio aos pequenos negócios e diversificação qualificada”, afirmou.
Segundo o Sebrae, somente em 2024, os pequenos negócios geraram mais de 1,2 milhão de empregos formais. Esse número se aproxima do total de pessoas que estavam no programa Bolsa Família e foram contratadas no mesmo período: 1,27 milhão, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
Entre junho e julho deste ano, cerca de 958 mil famílias deixaram de receber o benefício do Bolsa Família. Destas, mais de 536 mil saíram voluntariamente do programa por terem conquistado estabilidade financeira, seja por meio de um emprego formal ou pela atuação como empreendedoras.
Mas os impactos positivos dos pequenos negócios vão além das famílias de baixa renda. Um levantamento do Sebrae com base em dados da Receita Federal e estudos próprios estima que aproximadamente 95 milhões de brasileiros — quase metade da população — são beneficiados direta ou indiretamente por microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte. Esse número representa um crescimento de cerca de 10% em relação aos 87 milhões estimados em 2021.
Hoje, os pequenos negócios respondem por 26,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. “Os pequenos negócios são uma grande força que impulsiona o crescimento do país. É um setor formado por homens e mulheres que não desistem de seus sonhos e contribuem para a economia de uma forma impressionante”, concluiu Décio Lima.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: