Petrobras coloca em leilão plataformas desativadas com lances a partir de R$ 1,5 milhão
Venda online envolve estruturas P-26 e P-19 no Rio de Janeiro e integra plano de descomissionamento ambiental da estatal
247 - A Petrobras deu início a um leilão online para a venda de duas plataformas de petróleo desativadas localizadas no estado do Rio de Janeiro. Os lances iniciais foram fixados em R$ 1,5 milhão e R$ 1,6 milhão, e o pregão segue aberto até o dia 13 de fevereiro do próximo ano. As estruturas fazem parte do processo de retirada definitiva de instalações que chegaram ao fim de sua vida útil. As informações são da Folha de São Paulo.
As plataformas colocadas à venda são a P-26, atualmente acostada no Porto do Açu, em São João da Barra, e a P-19, situada em Macaé, na Bacia de Campos. A organização do leilão está a cargo da empresa Sold Leilões.
A alienação das plataformas integra o plano de descomissionamento da Petrobras, que reúne medidas técnicas, ambientais e regulatórias voltadas à desativação segura de instalações de óleo e gás. No caso das plataformas offshore, o processo envolve a interrupção das operações, a limpeza e descontaminação das estruturas, além da destinação adequada de equipamentos e resíduos e da recuperação das áreas afetadas.
Segundo a estatal, todas as etapas seguem as normas estabelecidas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e por órgãos ambientais. As empresas que adquirirem as plataformas serão responsáveis pela reciclagem e reutilização dos materiais, especialmente o aço presente nas estruturas.
De acordo com a Petrobras, o reaproveitamento desses materiais contribui para a redução de emissões e para a mitigação de impactos ambientais ao longo de toda a cadeia produtiva. O projeto dá sequência à venda das plataformas P-32 e P-33, que foram arrematadas pela Gerdau em um processo de licitação anterior.
O leilão ocorre em um momento de ajustes na estratégia financeira da companhia. No fim de novembro, a Petrobras anunciou seu plano financeiro para os próximos cinco anos, que prevê corte de investimentos, adiamento de projetos e redução de custos diante de um cenário de preços mais baixos do petróleo no mercado internacional.
Para o período, a estatal aprovou um orçamento de US$ 109 bilhões, o equivalente a R$ 580 bilhões, para investimentos. O montante representa uma redução de 1,8% em relação ao plano anterior, aprovado em 2024, e orienta as decisões estratégicas da empresa até o final da década.



