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      Ibovespa fecha em alta puxado por bancos e com Raízen em destaque

      Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,72%, a 137.321,64 pontos

      B3, em São Paulo (Foto: REUTERS/Carla Carniel)
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      Por Paula Arend Laier

      SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira, chegando perto de 138 mil pontos no melhor momento, com bancos entre os principais suportes, em pregão também marcado pelo salto de Raízen em dia de ajustes, enquanto Prio capitaneou a coluna negativa após interdição de plataforma de petróleo.

      Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,72%, a 137.321,64 pontos, marcando 136.340,60 pontos na mínima e 137.901,59 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou R$19,77 bilhões.

      Na visão do analista de investimentos Gabriel Mollo, da Daycoval Corretora, a bolsa paulista continuou apoiada pela "surpresa positiva" com a temporada de balanços, que caminha para o final, com agentes monitorando uma possível solução para o conflito entre a Ucrânia e a Rússia.

      "Se isso realmente acontecer, se houver as trocas de território, o risco deve diminuir bastante", afirmou.

      Nesta segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que é possível chegar a um acordo de paz para a guerra na Ucrânia, ao se reunir com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, e com líderes europeus. No fim de semana, Trump se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin.

      Além dos movimentos relacionados à temporada de balanços, o estrategista Felipe Paletta, da EQI Research, também pontuou que o começo da semana trouxe alguns elementos que corroboram as perspectivas de que um cenário para a queda da Selic começa a se aproximar. "Essa discussão continua bastante forte", disse.

      Ele citou as estimativas para o IPCA de 2025 abaixo de 5% pela primeira vez desde o início de janeiro na pesquisa Focus e o IBC-Br de junho mostrando que a economia iniciou um processo de arrefecimento.

      A bolsa paulista descolou mais uma vez de Wall Street, onde o S&P 500 fechou praticamente estável nesta segunda-feira, no começo de uma semana carregada com balanços corporativos de grandes varejistas, além do simpósio anual do Federal Reserve em Jackson Hole, entre 21 e 23 de agosto.

      DESTAQUES

      - BANCO DO BRASIL ON avançou 2,03%, puxando com BRADESCO PN, que subiu 2%, o desempenho positivo do setor no Ibovespa. BTG PACTUAL UNIT apurou elevação de 1,39%, SANTANDER BRASIL UNIT fechou em alta de 1,26% e ITAÚ UNIBANCO PN valorizou-se 0,72%.

      - RAÍZEN PN disparou 10,58%, após cair mais de 16% na semana passada, renovando mínimas desde o IPO em 2021, na esteira de prejuízo trimestral bilionário com aumento de dívida. No sábado, O Globo publicou que Petrobras está estudando diversas possibilidades para investir na joint venture entre Cosan e Shell. COSAN ON subiu 5,29%.

      - PRIO ON recuou 3,14%, após a Agência Nacional do Petróleo (ANP) interditar a plataforma flutuante Peregrino, operada atualmente pela Equinor. A Prio, que tem em Peregrino boa parte de sua produção, disse que a ANP exigiu "pontos de melhorias" e estimou que os trabalhos para resolver as pendências vão levar três a seis semanas.

      - PETROBRAS PN avançou 0,63%, endossada pela alta do petróleo no mercado externo, onde o barril do Brent fechou com acréscimo de 1,14%. Uma diretora da estatal também disse que a Petrobras avalia elevar capacidade de produção de sua maior plataforma. No setor, BRAVA ON subiu 0,67%, enquanto PETRORECONCAVO ON valorizou-se 0,79%.

      - VALE ON fechou com queda de 0,23%, em meio ao declínio dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com perda de 0,64%.

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