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IBC-Br, a prévia do PIB, sobe 0,2% em abril, diz Banco Central

Mercado financeiro projeta uma expansão econômica de 2,2% em 2025

(Foto: CNI/Miguel Ângelo)
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247 - O nível de atividade econômica no Brasil registrou leve avanço de 0,2% no mês de abril em relação a março, conforme dados do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) divulgados nesta segunda-feira (16) pelo Banco Central. O resultado, segundo o g1, foi obtido após ajuste sazonal, mecanismo que permite a comparação entre diferentes períodos do ano, eliminando variações típicas de cada mês.

Considerado uma espécie de "prévia" mensal do Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br avalia a movimentação dos principais setores produtivos – agropecuária, indústria, serviços e arrecadação de impostos – embora não contemple o lado da demanda como faz o cálculo oficial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2024, o crescimento da economia brasileira surpreendeu o mercado ao alcançar 3,4%, desempenho superior às projeções iniciais dos analistas. No entanto, a expectativa para este ano é de desaceleração. Especialistas atribuem esse arrefecimento ao aumento da taxa básica de juros promovido pelo Banco Central como estratégia para controlar a inflação.

Para 2025, o mercado financeiro projeta uma expansão econômica mais modesta, de 2,2%, sinalizando um cenário de menor tração. O próprio Banco Central tem indicado que espera essa desaceleração como parte da política para combater pressões inflacionárias. Segundo a instituição, a atividade econômica ainda não apresenta sinais suficientemente claros de contenção, o que reforça a manutenção de uma política monetária mais rígida.

Em comunicado divulgado em maio, o BC reconheceu que o patamar elevado da taxa Selic já começa a produzir efeitos sobre a economia e previu impactos mais intensos sobre o mercado de trabalho nos próximos meses. A taxa de juros está atualmente em 14,75% ao ano, após seis elevações consecutivas, e tem como meta trazer a inflação para 3%, com tolerância máxima de 4,5%.

Embora o IBC-Br seja frequentemente utilizado como parâmetro para decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), nem sempre seus dados se alinham com os números consolidados do PIB. Ainda assim, serve como um dos principais indicadores na formulação da política de juros. Em um cenário de menor crescimento econômico, por exemplo, tende-se a observar uma diminuição da pressão inflacionária.

Ainda de acordo com a reportagem, analistas do mercado acreditam que, diante do atual contexto, o Copom poderá interromper o ciclo de alta dos juros na reunião desta semana, embora o Banco Central mantenha a cautela quanto à trajetória da atividade econômica.

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