Crise na indústria alemã leva Volkswagen a negociar fábricas na Europa com montadoras chinesas
Executivos defendem a medida como uma forma estratégica de lidar com os desafios atuais
247 - A montadora alemã Volkswagen estuda a possibilidade de repassar linhas de produção de suas fábricas na Europa com dificuldades operacionais para fabricantes chinesas de veículos elétricos, de acordo com o jornal Financial Times. A iniciativa surge como resposta aos desafios globais enfrentados pela empresa, diante do crescimento acelerado de marcas chinesas, que têm se destacado no setor de veículos elétricos.
A possibilidade surge em um momento delicado para a indústria automotiva alemã, que enfrenta uma série de problemas, como falências de fornecedores, cortes de empregos em larga escala e a imposição de novas regras de emissões de carbono pela União Europeia. A Câmara de Comércio e Indústria da Alemanha estima que 44% das empresas do setor enfrentarão condições de negócios mais difíceis em 2025. Paralelamente, a Volkswagen anunciou planos de reduzir seu quadro de funcionários na Alemanha em mais de 35.000 até 2030.
Executivos da empresa justificam a aproximação como uma estratégia para enfrentar os desafios atuais. Gernot Döllner, CEO da Audi, subsidiária do grupo Volkswagen, declarou ao Financial Times que parcerias com montadoras chinesas poderiam reduzir barreiras de entrada e promover o livre comércio.
Em dezembro, a Volkswagen firmou um acordo com seus funcionários para diminuir a capacidade produtiva em suas fábricas na Alemanha. As unidades terão que atingir metas de produtividade, e aquelas que não alcançarem os objetivos poderão ser destinadas a usos alternativos, o que inclui a possibilidade de venda das instalações.
A China, que por décadas foi o mercado mais rentável da Volkswagen, viu a participação da marca alemã cair quase pela metade nos últimos cinco anos, principalmente devido à sua posição frágil no segmento de veículos elétricos.
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