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Acordo Mercosul-Efta pode acrescentar R$ 2,69 bilhões ao PIB brasileiro

Livre comércio com Efta dá ao Brasil selo de qualidade, amplia mercados e deve gerar crescimento econômico até 2044

Navios no Porto de Santos 01/05/2024 REUTERS/Amanda Perobelli (Foto: Amanda Perobelli)

247 - O governo federal assina nesta terça-feira (16), no Rio de Janeiro, o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta). A Efta é formada por Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein e é reconhecida por adotar padrões rigorosos em qualidade, exigências ambientais e normas fitossanitárias. Segundo a CNN Brasil, a abertura deste mercado é considerada pelo governo uma chancela internacional para os produtos brasileiros, especialmente no agronegócio.

Impacto econômico e projeções até 2044

De acordo com estimativas oficiais, o tratado pode acrescentar R$ 2,69 bilhões ao PIB brasileiro e gerar R$ 660 milhões em investimentos até 2044. O impacto esperado inclui ainda aumento de R$ 2,57 bilhões nas importações e R$ 3,34 bilhões nas exportações, resultando em saldo positivo de R$ 770 milhões.

Em 2024, o Brasil exportou US$ 3,1 bilhões e importou US$ 4,1 bilhões em bens da Efta, o que demonstra o peso da relação comercial entre os blocos.

Ganhos para o agronegócio brasileiro

O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Luis Rua, afirmou em entrevista à CNN que o acordo vai muito além do simbolismo. “Além do selo de qualidade, o acordo abre espaço para setores de maior valor agregado, que geram mais empregos e inovação”, destacou.

Entre os principais beneficiados estão carnes bovina e de aves, café, suco de laranja e etanol. A carne bovina ganhou uma cota de três mil toneladas com alíquota zero, enquanto a de aves terá mil toneladas livres de tarifas.

Mercado europeu e eliminação de tarifas

O acordo Mercosul-Efta cria uma zona de livre comércio que abrange quase 300 milhões de pessoas e um PIB combinado de mais de US$ 4,3 trilhões. Para os brasileiros, o acesso ao mercado europeu em regime de livre comércio deve chegar a 99% do valor exportado, contemplando produtos agrícolas e industriais.

Do lado europeu, o pacto prevê a eliminação de 100% das tarifas sobre os setores industrial e pesqueiro, ampliando as oportunidades de integração econômica.

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