Wagner Moura é ignorado pelo Emmy e revolta fãs com possível preconceito contra latinos

247 - O ator brasileiro Wagner Moura ficou de fora da lista de indicados ao Emmy 2025, apesar de sua atuação elogiada na série Ladrões de Drogas, da Apple TV+, ter sido apontada como uma das favoritas ao prêmio. A ausência do nome de Moura entre os selecionados gerou revolta nas redes sociais e levantou críticas à recorrente invisibilização de artistas latinos nas premiações internacionais. As informações são do portal Metrópoles.

O colega de elenco Brian Tyree Henry, que interpreta Rey na produção, foi indicado como Melhor Ator, o que reforçou a indignação de parte do público diante da exclusão de Moura. Muitos fãs demonstraram frustração nas redes sociais. “Que sacanagem com Wagner Moura”, escreveu um. “Wagner Moura de fora? Emmy odeia latinos”, protestou outro. Outros comentários apontaram possíveis injustiças na lista: “Podiam ter tirado uma dessas indicações de Acima de Qualquer Suspeita para colocar o Wagner Moura”.

Mesmo diante da decepção, o nome do ator baiano continua em alta em Hollywood. A influente revista Variety o incluiu na lista de possíveis indicados ao Oscar 2026 na categoria de Melhor Ator. Embora a seleção oficial só seja divulgada no início do ano que vem, a publicação já especula Moura como um dos nomes com chances reais na corrida pela estatueta dourada.

A força de Manny: entre a violência e a vulnerabilidade

Na série Ladrões de Drogas (Drug Thieves), Wagner Moura interpreta Manny, um dos protagonistas da trama, ao lado de Rey (Brian Tyree Henry). A dupla de amigos se disfarça de agentes da DEA (agência antidrogas dos EUA) para roubar pequenos traficantes. Mas o plano se complica quando eles se envolvem em uma guerra entre cartéis e precisam lidar com as consequências de um esquema de produção de drogas.

Baseada no livro de Dennis Tafoya, a série foi criada por Peter Craig (The Batman, Top Gun: Maverick) e produzida por Ridley Scott (Gladiador, Blade Runner), ambos nomes consagrados e indicados ao Oscar.

Ao portal Metrópoles, Wagner Moura falou sobre a complexidade do personagem e o desafio de interpretá-lo:

 “Ele talvez seja o personagem mais vulnerável que eu já fiz. Apesar de ser uma série que acontece muita coisa e ser muito violenta, ela é uma série que apresenta dois personagens que são a antítese do machão do cinema de ação americano”, destacou.

Além da densidade emocional do papel, Moura também chamou atenção por representar um dos poucos latinos em posição central numa grande produção americana. Ele já havia sido elogiado anteriormente por papéis como Pablo Escobar em Narcos, da Netflix, e mais recentemente venceu um prêmio em Cannes por seu desempenho em O Agente Secreto.